Pesquisador dos Estados Unidos revisa teoria das "medidas de
estabilização" ("stabilization wedges", no gráfico à direita) e eleva
para 31 categorias as ações de controle do clima
Diminuir o uso do carro, construir edifícios sustentáveis, morar mais
perto da escola e do trabalho e outras atitudes que exigem um novo
estilo de vida da maioria das pessoas não interferem muito para reverter
o cenário pessimista do aquecimento global.
Segundo um novo estudo dos Estados Unidos, o único jeito de barrar o aumento das temperaturas do planeta é eliminar imediatamente os combustíveis fósseis (ou seja, interromper a queima de petróleo, carvão e gás), e não apenas estabilizar as emissões de gases de efeito estufa, como acreditam os cientistas. Isso implicaria na troca de todo o sistema energético dos países.
Segundo um novo estudo dos Estados Unidos, o único jeito de barrar o aumento das temperaturas do planeta é eliminar imediatamente os combustíveis fósseis (ou seja, interromper a queima de petróleo, carvão e gás), e não apenas estabilizar as emissões de gases de efeito estufa, como acreditam os cientistas. Isso implicaria na troca de todo o sistema energético dos países.
"Quase não há chances de a temperatura mundial em 2100 ser menor do que
a de hoje em dia, não importa o que gente faça. Mas, se as emissões [de
combústiveis fósseis] fossem interrompidas completamente hoje, as
temperaturas iriam parar de subir quase imediatamente", explica Steve
Davis, pesquisador da Universidade da Califórnia, em Irvine (UCI, na
sigla em inglês).
Para chegar a esse plano radical de mitigação, ele mostrou que a celebrada teoria das stabilization wedges,
de Robert Socolow e Stephen Pacala, da Universidade de Princenton, nos
Estados Unidos, ainda é insuficiente para controlar a elevação dos
termômetros.
A dupla difundiu, em 2004, que a maneira mais eficiente de controlar as
emissões não era buscar uma única saída, mas dividir essa
"responsabilidade climática" em sete grandes categorias (batizadas de
'medidas de estabilização', em tradução livre), que envolvem
recomendações sobre sustentabilidade, estilo de vida e políticas
públicas.
Segundo eles, o mundo já tem as ferramentas, a tecnologia e o
conhecimento necessários para reverter as consequências da mudança
climática nos próximos 50 anos, portanto, basta cada um fazer a sua
parte. Ou seja, à medida que cada pessoa, empresa e nação adota essas
práticas, há um controle na elevação das emissões de CO2 até que, a
grosso modo, elas fiquem estáveis em níveis seguros.
O pesquisador da UCI alega que é preciso impedir o aumento do clima da
Terra, e não apenas estabilizar o potencial energético dos combustíveis
fósseis, pois não há níveis seguros dessas emissões. "Toda molécula de
dióxido de carbono que nós liberamos eleva, mesmo que um pouco, os
níveis de aquecimento. E esse aquecimento permanece com o passar dos
anos de muitas gerações", explica.
Por isso, ele propõe um novo gráfico para o estudo de Princenton,
elevando de sete para 31 categorias e com três grandes divisões. O mundo
precisa de, ao menos, investimentos e ações em 19 categorias, sendo dez
de estabilização (e não sete, como cunha a teoria de 2004) e outras
noves na etapa final do controle do clima.
"Para eliminar as emissões dos combustíveis fósseis, nós precisamos
implantar, pelo menos, 19 'medidas'. E, talvez muito mais, se a
porcentagem da matriz energética que vem do carvão continuar a aumentar –
e é daí que vêm as 31 categorias em potencial. Controlar o clima da
Terra exige que nós paremos com os combustíveis fósseis agora",
enfatiza.
http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2013/01/10/a-emissao-de-co2-tem-de-parar-hoje-para-o-mundo-nao-sofrer-com-aquecimento-global.htm
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