26/03/2013 09h08
- Atualizado em
26/03/2013 11h04
Operação, que envolve troca de moedas, é de R$ 60 bilhões, segundo BC.
Operação, que envolve troca de moedas, é de R$ 60 bilhões, segundo BC.
Objetivo é proteger operações comerciais e investimentos entre os países.
Brasil e China,
por meio de seus bancos centrais, assinaram nesta terça-feira (26)
acordo de troca de divisas (swap) de moeda local no montante de R$ 60
bilhões (190 bilhões de yuans ou cerca de US$ 30 bilhões), válido por
três anos e com possibilidade de renovação. O objetivo é proteger as
operações comerciais e investimentos entre os dois países das oscilações
do dólar.
A linha, segundo comunicado do Banco Central do Brasil, "tem como
objetivo facilitar o comércio bilateral entre os dois países".
As conversas para o estabelecimento do acordo tiveram início ainda no
ano passado, durante a Rio+20. "O acordo sinaliza um maior nível de
cooperação entre autoridades monetárias, refletindo a importância
estratégica do comércio bilateral entre os dois países", acrescentou o
BC brasileiro.
"Nosso interesse não é estabelecer novas relações com a China, mas
expandir relações a serem usadas no caso de turbulência nos mercados
financeiros", disse o presidente do BC brasileiro, Alexandre Tombini,
após a assinatura, segundo a agência Reuters.
Segundo resolução publicada pelo BC nesta manhã, e aprovada em reunião
extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN), "os valores em
reais recebidos pelo Banco Popular da China serão creditados em conta
especial de depósito aberta em seu nome no Banco Central do Brasil, sem
remuneração ou acesso a crédito, cuja utilização será restrita às
movimentações de recursos vinculadas à execução do contrato".
O comércio entre os dois países totalizou cerca de US$ 75 bilhões em
2012. Autoridades brasileiras disseram esperar que o acordo esteja em
operação na segunda metade de 2013.
Início do acordo
O acordo começou a ser negociado em meados de ano passado e pretende se transformar em uma proteção adicional contra o impacto da crise financeira global e as bruscas oscilações geradas na cotação do dólar nos mercados internacionais.
O acordo começou a ser negociado em meados de ano passado e pretende se transformar em uma proteção adicional contra o impacto da crise financeira global e as bruscas oscilações geradas na cotação do dólar nos mercados internacionais.
Além do acordo cambial, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o
presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, devem assinar com as
autoridades do Banco Central da China um convênio para fortalecer as
relações econômicas e comerciais entre ambos os países, segundo a
agência EFE.
A China é atualmente o maior parceiro comercial do Brasil e no ano
passado a troca entre ambos os países alcançou a soma de US$ 85,7
bilhões, segundo dados do governo brasileiro.
A delegação brasileira que participará da cúpula dos Brics será
liderada pela presidente Dilma Rousseff, que deve viajar para a África
do Sul por volta da meia-noite de hoje.
Segundo dados dos Brics, os cinco países que o integram representam 42%
da população mundial e cerca de 45% da força de trabalho que existe no
planeta.
Em 2012, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul somaram 21% do
Produto Interno Bruto (PIB) mundial e o comércio entre eles chegou a um
total de US$ 282 bilhões.
Além disso, o crescimento da economia dos cinco países alcançou em 2012
uma média de 6,1%, e segundo previsões do próprio grupo, deverá ser de
6,9% em 2013.
http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/03/brasil-e-china-assinam-acordo-para-facilitar-o-comercio-bilateral.html
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