Passagem do furacão Sandy deixa usina nuclear em alerta nos EUA


30/10/2012 07h14 - Atualizado em 30/10/2012 08h24
A Exelon Corp declarou "alerta" em sua usina nuclear Oyster Creek, no estado americano de Nova Jersey, devido a um aumento recorde do nível das águas, informou a Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (NRC), advertindo que a mais antiga usina em funcionamento do país pode ter que usar abastecimento de água de emergência para resfriar barras de combustível de urânio usadas.
O alerta --o segundo mais baixo dos quatro níveis de ação da NRC-- veio depois que os níveis de água na usina subiram mais de 2 metros, potencialmente afetando as bombas que circulam a água através da usina, afirmou um porta-voz da NRC, na segunda-feira.
Essas bombas não são essenciais, pois a indústria, de 43 anos, está fechada para reabastecimento planejado desde 22 de outubro. No entanto, um aumento maior poderia submergir o motor da bomba de água em funcionamento que é usada para arrefecer a água no tanque de combustível utilizado.
A Exelon disse em um comunicado que não havia perigo ao equipamento e nenhuma ameaça à saúde pública ou de segurança.
O incidente em Oyster Creek, que fica 95 quilômetros a leste de Filadélfia, na costa de Nova Jersey, ocorreu quando a tempestade Sandy atingiu o continente, à medida que a maior tempestade do Atlântico já registrada a atingir os EUA provocou ventos fortes e aumento do nível das águas, no maior teste à preparação de emergência do setor desde o desastre de Fukushima, no Japão, um ano e meio atrás.
Embora tais alertas sejam considerados eventos graves na indústria --com apenas cerca de uma dúzia de casos do tipo nos últimos quatro anos, de acordo com a NRC-- as águas da inundação devem recuar da usina após a maré alta, reduzindo o risco de uma ação de emergência .
Esperava-se que Sandy forçasse o fechamento de pelo menos duas outras usinas nucleares em Nova Jersey, embora a NRC tenha afirmado que nenhum dos outros reatores nucleares do país tinham sido fechados pela tempestade.
O porta-voz da Exelon David Tillman disse que a usina tem "múltiplas e redundantes" fontes de refrigeração para o coletor do combustível gasto. Ele disse que não sabia se o sistema de funcionamento de água estava operacional no momento



Transporte público de Nova York sofre seu pior desastre com "Sandy"


O transporte público de Nova York "nunca enfrentou um desastre tão devastador" em seus 108 anos de existência como os causados pela tempestade "Sandy", afirmou nesta terça-feira (30) o presidente da Autoridade Metropolitana de Transporte, Joseph Lhota.

A tempestade causou graves danos à infraestrutura do metrô, dos trens, dos ônibus e dos túneis da região, explicou Lhota em comunicado divulgado durante a madrugada.

A água das inundações causadas por "Sandy" entrou em sete túneis do metrô nova-iorquino, todos eles situados sob o East River, uma das zonas mais atingidas pelas chuvas.

Além disso, o túnel que liga Manhattan ao Brooklyn está cheio de água "de um extremo ao outro", enquanto o túnel Midtown, que une Manhattan e Queens, também sofreu com a entrada da água.

Seis depósitos de ônibus também foram danificados pelas águas, enquanto as linhas de trens rumo ao norte e a Long Island sofreram sérios danos em sua infraestrutura.

Ainda não se sabe quando o metrô voltará a funcionar, enquanto não está certo se poderão circular hoje os 5.600 ônibus de Nova York.


Tsunami formado após tremor no Canadá chega ao Havaí, dizem EUA

28/10/2012 07h05 - Atualizado em 28/10/2012 09h18



População foi orientada a se afastar das praias e a procurar regiões altas.

Grandes ondas podem provocar destruição no arquipélago americano.



As primeiras ondas do tsunami formado por um terremoto de magnitude 7,7 no oeste do Canadá começaram a chegar na manhã deste domingo (28) ao arquipélago americano do Havaí, informou o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico.
"O tsunami está chegando nesse momento preciso", disse o geofísico Gerard Fryer.
Imagens de TV da ilha de Oahu mostravam ondas relativamente pequenas chegando à costa.
Mas Fryer disse que os havaianos devem manter o alerta, não se enganando pelas aparências.
"Tipicamente, a primeira onda não é a maior", disse. Segundo ele, as ondas seguintes podem ser maiores e inundar as áreas mais baixas.
"Se as ondas são grandes, o fenômeno pode durar seis ou sete horas", disse.
O instituto havia recomendado “ação urgente para proteger vidas”.
Autoridades havaianas haviam recomendado que a população local deixasse as praias e procurasse regiões mais altas. A situação era tensa, com moradores deixando casas.
O alerta específico para as ilhas Havaí se soma ao aviso regional emitido pelo Centro de Alertas de Tsunami do litoral Oeste do Alasca
O tremor atingiu o oeste do Canadá pouco depois das 21h (1h de domingo em Brasília), informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). Após o forte terremoto, várias réplicas continuavam sendo registradas na mesma região, com magnitudes de variaram entre 4,1 e 5,1. Não há informações sobre danos ou vítimas.O tremor atingiu as ilhas Queen Charlotte, em frente à Colúmbia Britânica, terceira maior província do país, que é banhada pelo Oceano Pacífico.
O epicentro foi localizado a 139 km ao sul da cidade de Masset, a uma profundidade de 17,5 km.


Nevoeiro faz Cristo Redentor 'flutuar' no Rio!


Excesso de nuvens muda a paisagem do Rio neste sábado (27).
Nesta manhã, Santos Dumont chegou a ficar fechado por 1 hora.


O nevoeiro que atinge o Rio na manhã deste sábado (27) mudou a paisagem de vários pontos da cidade. No Corcovado, na Zona Sul da cidade, com o aumento da nebulosidade, o monumento do Cristo Redentor parecia flutuar sobre as nuvens.
O Aeroporto Santos Dumont, no Centro, chegou a ficar fechado por uma hora até ser reaberto para pousos e decolagens às 10h17, segundo a Infraero. Nesse período de fechamento, oito voos foram transferidos para o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão) e outros sete, cancelados.


Cristo Redentor parece flutuar sobre as nuvens neste sábado (27) (Foto: Marcos Teixeira Estrella/TV Globo)








Meteorologistas preveem 'chuva de sangue' no Reino Unido!

24/10/2012

 Se os meteorologistas estiverem certos, os britânicos do sudeste podem ser testemunhas de um fenômeno raro e inusitado nesta semana: a chamada chuva vermelha, também conhecida como chuva de sangue. O fenômeno ocorre quando a poeira de regiões desérticas se mistura com a umidade das nuvens, resultando em uma chuva de coloração avermelhada que deixa uma fina camada de pó sobre ruas, casas, árvores e outras superfícies.  Segundo especialistas, a poeira vermelha é proveniente de fortes tempestades de areia no deserto do Saara que, apesar de ocorrerem a 2 mil quilômetros de distância, levantam partículas minúsculas levadas pelo vento para outras regiões. Philip Eden, especialista em clima, explica que a poeira - e, consequentemente, a chuva - também pode ser amarronzada ou cor de areia.  As nuvens que causariam a chuva vermelha chegaram à Grã-Bretanha com uma massa de ar quente vinda da África - que deve fazer as temperaturas no país atingirem 20 graus Celsius nos próximos dias, algo incomum para o meio de outono.

Diferentes cores


"Os montes de areia têm cores diferentes no Saara, o que significa que a cor da chuva e do revestimento que ela deixa também podem variar", diz Eden.
  A chuva colorida é rara no Reino Unido sendo mais comum em países do sul da Europa, como Espanha, Itália, Portugal e sul da França, que estão mais próximos do Saara.  Ela também já foi registrada em países escandinavos. Um incidente bem documentado desse fenômeno aconteceu em 2001, no sul do Estado indiano de Kerala, quando uma chuva de uma forte cor vermelha coloriu a região por semanas. Naquela ocasião, o tom avermelhado foi tão intenso que até a roupa dos moradores ficou manchada. Além disso, há relatos de "chuvas de sangue" em textos históricos. O fenômeno é mencionado na Ilíada, de Homero, escrita no século 8 a.C., e em textos do século 12 do escritor Geoffrey de Monmouth, que popularizou a lenda do Rei Arthur.  Antigamente, muitos acreditavam que a chuva era realmente de sangue e o fenômeno era considerado um mau presságio. Segundo meteorologistas britânicos este ano o clima no país foi marcado por temperaturas e fenômenos meteorológicos atípicos, com um longo período de seca na primavera seguido de uma temporada de chuvas torrenciais.

 http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2012/10/24/meteorologistas-preveem-chuva-de-sangue-na-gra-bretanha.htm

Ciclone extratropical provoca ventos fortes no Sul do País

Uma frente fria avança sobre o litoral de Santa Catarina e do Paraná e deixa o tempo carregado. Ao longo desta terça-feira, este sistema frontal chega ao litoral de São Paulo com risco de temporais em todo o Estado e também em Mato Grosso do Sul. Associado ao sistema frontal está um sistema de baixa pressão com centro no mar entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai. Por isso também há risco de ventania principalmente nas áreas do sul e leste do Rio Grande do Sul. Ar quente e úmido forma nuvens tropicais no Norte. Em grande parte do Nordeste, o tempo segue firme, de acordo com a Climatempo. Confira a previsão pelo País:
Norte
Na terça-feira, o Amapá tem um dia com sol e sem chuva. Nas demais áreas do Norte, o sol aparece forte na maior parte do dia, mas nuvens carregadas crescem com o calor e provocam pancadas de chuva à tarde e à noite.
Nordeste
Dia com muito sol, calor e ar seco no Nordeste. A baixa umidade inibe a ocorrência de chuva em quase toda Região. Pode chover rápido à tarde na divisa do Maranhão com o Tocantins.
Centro-Oeste
Uma frente fria avança para o Mato Grosso do Sul e provoca temporais no sul do Estado. Nas outras áreas do sul-matogrossenses também chove, mas o sol aparece. Nas outas áreas do Centro-Oeste, dia com sol, calor, aumento de nuvens e chuva a partir da tarde.
Sudeste
Nesta terça-feira, uma frente fria se aproxima de São Paulo e provoca chuva principalmente à tarde e à noite. Pode chover e ventar forte. O restante do Sudeste tem sol, calor e pancadas de chuva à tarde no Rio de Janeiro, no centro-sul e oeste de Minas Gerais e centro-sul do Espírito Santo.
Sul
Uma frente fria avança sobre o Sul, com um ciclone extratropical entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai. Venta forte na Região, e chove muito no Paraná. Santa Catarina tem uma manhã chuvosa, mas a chuva diminui à tarde. O Rio Grande do Sul tem sol, mas chove de manhã no norte e no litoral sul.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI6247544-EI8139,00-Ciclone+extratropical+provoca+ventos+fortes+no+Sul+do+Pais.html

Bactérias conseguem sobreviver a explosão de estrela, diz estudo!


Pesquisa da USP mostra que radiação não eliminaria todos esses micro-organismos
SALVADOR NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


Cientistas recriaram em laboratório os efeitos de uma supernova -detonação explosiva de uma estrela gigante- para saber se a vida seria capaz de aguentá-los. Aparentemente, ao menos no que diz respeito à radiação produzida, a resposta é sim, com um pouco de sorte, é claro.
O estudo foi apresentado na 37ª reunião anual da Sociedade Astronômica Brasileira, que ocorreu em Águas de Lindoia (interior de SP).
A bactéria escolhida foi a Deinococcus radiodurans, famosa por sua notável resistência à radiação.
O experimento, conduzido por Douglas Galante, do IAG-USP (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas), foi realizado no Diamond Light Source, um laboratório de luz síncrotron no Reino Unido.
"Esse é um dos primeiros estudos em que tentamos simular os efeitos biológicos de uma supernova em laboratório", afirma Galante.
O estudo expôs as bactérias a um nível de radiação similar ao que seria gerada num evento de supernova.
PROTEÇÃO
Três modalidades do experimento foram conduzidas, com exposição direta dos micro-organismos e com exposição sob uma camada de grãos de arenito ou basalto. A ideia era verificar se o substrato daria mais proteção às criaturas bombardeadas.
Daí veio a primeira surpresa: aparentemente, tanto o basalto quanto o arenito (em quantidade menor) emitem radiação secundária quando irradiados, o que torna a sobrevivência ainda mais difícil para as bactérias. Viveram mais as que estavam livres.
BOA NOTÍCIA
E a boa notícia é que elas resistiram -ou pelo menos uma parte delas. "Uma supernova estando até cerca de 30 parsecs de distância conseguiria matar 90% de uma população dos organismos mais radiorresistentes que conhecemos", diz Galante.
Um parsec é a medida favorita dos astrônomos e equivale a 3,26 anos-luz, ou 31 trilhões de quilômetros.
O estudo se restringiu aos efeitos da radiação. Nada sobre a onda de choque ou modificações atmosféricas causadas por uma supernova próxima foi investigado, o que torna as estimativas de sobrevivência mais otimistas.
Contudo, também é improvável uma detonação de uma supernova a meros 30 parsecs daqui. E o fato de que, mesmo a essa pequena distância (em termos astronômicos), uma parcela das bactérias pôde resistir mostra que extinguir a vida completamente pode ser bem difícil.
Não que os humanos devessem se confortar. Mas há razão para festa entre as bactérias radiorresistentes. 

 http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cienciasaude/73483-bacterias-conseguem-sobreviver-a-explosao-de-estrela-diz-estudo.shtml

Vantagens e Desvantagens da Fissão Nuclear

http://tecnologiasnucleares.blogspot.com.br/2010/06/vantagens-e-desvantagens-da-fissao.html

Vantagens
• A produção de energia através da fissão nuclear, não contribui para o efeito de estufa ou chuvas ácidas, sendo por isso mesmo considerada uma energia limpa (quando tomadas as devidas precauções);
• A produção de energia nuclear conduz a uma diminuição da dependência energética do país, nomeadamente em relação às oscilações do preço do petróleo;
• O urânio comparativamente ao petróleo, por exemplo, encontrasse como um recurso de baixo custo;
• É a fonte mais concentrada na geração de energia pois um pequeno pedaço de urânio pode abastecer uma cidade inteira de energia eléctrica;
• Não depende de condições climatéricas, ao contrário da maioria das energias que também não contribuem para o aquecimento global;
• É uma fonte de energia segura, visto que até a data só existiram dois acidentes considerados graves;

Desvantagens
• O facto de ser um tipo de energia não renovável, uma vez que a matéria-prima utilizada para produzir este tipo de energia (elementos químicos, como o urânio, extraídos de minerais), se esgotará futuramente;
• Problemas com a gestão dos resíduos nucleares produzidos pois estes causam a poluição radioactiva (existe uma necessidade de armazenar os resíduo em locais isolados e protegidos). Os resíduos são um dos principais inconvenientes desta energia, visto que apesar de já actualmente existirem planos para estes resíduos, estes ainda não se encontram em prática;
• Risco de acidente nuclear por falha técnica, humana, terrorismo ou acidente sísmico. Um acidente ao nível de uma central nuclear poderá causar uma catástrofe sem retorno. Contudo, actualmente, já existem sistemas de segurança bastante elevados, de modo a tentar minimizar e evitar que estas falhas existam, quer por parte humana, quer por parte técnica;
• Pode ser utilizada para fins bélicos como é o caso da construção de armas nucleares, sendo esta uma das grandes preocupações a nível mundial no que diz respeito à utilização de energia nuclear, uma vez que caindo nas mãos erradas as consequências poderim ser muito graves.

O que é o lixo eletrônico?


 
Podemos definir como lixo eletrônico ou e-lixo tudo o que é proveniente de equipamentos eletro-eletrônicos, incluindo celulares, computadores, impressoras etc.
Milhares de aparelhos são descartados diariamente, e com a rapidez da tecnologia, cada vez mais o consumidor quer substituir seus aparelhos por outros mais modernos, mesmo que os "antigos" ainda estejam funcionando.
O lixo eletrônico causa um grave problema para o meio ambiente, pois consome uma enorme quantidade de recursos naturais em sua produção. Um único laptop, por exemplo, exige 50 mil litros d'água em seu processo de fabricação. Além disso, se considerarmos que a vida útil desses equipamentos é muito curta - a de um computador gira em torno de três anos, e a de um celular, cerca de dois anos - podemos ter dimensão da quantidade de lixo que o descarte de eletrônicos significa.
A parte mais grave é o conteúdo do e-lixo, que inclui metais pesados como chumbo, cádmio e mercúrio, além de outros elementos tóxicos. Por este motivo, esses resíduos precisam de tratamento adequado para não causar danos à saúde e ao meio ambiente.

  http://www.institutogea.org.br/elixo.html

A ilha de lixo O mar está cada vez mais poluído. Mas um projeto quer transformar sujeira em moradia


No meio do oceano Pacífico, fica o maior lixão do mundo - são 4 milhões de toneladas de garrafas e embalagens, que foram empurradas para lá pelas correntes marítimas e formam um amontoado de 700 mil km2 (duas vezes o estado de São Paulo). Um desastre - mas que pode virar uma coisa boa. Uma empresa da Holanda quer coletar todo esse plástico e reciclá-lo para fazer uma ilha artificial, de aproximadamente 10 mil km2 (equivalente a uma cidade como Manaus) e capacidade para 500 mil habitantes.
Ela teria casas, lojas, praias, áreas de lazer e plantações - tudo apoiado numa base de plástico flutuante. Seus criadores acreditam que a ilha possa se tornar autossuficiente, produzindo a própria comida e energia. "Queremos levar o mínimo de coisas para a ilha. A principio, tudo será feito com o lixo que encontrarmos na área", diz o arquiteto Ramon Knoester. A cidade flutuante seria cortada por canais, para que as correntes oceânicas pudessem passar livremente (sem ameaçar a estabilidade da ilha).

O projeto já recebeu o apoio do governo holandês, mas não tem data para começar - ninguém sabe quanto a obra custaria, nem se é viável. "A ilha não é economicamente rentável. Nós a vemos apenas como uma maneira de limpar a poluição causada pelo ser humano", diz Knoester. Enquanto isso não acontece, toda a matéria-prima que seria usada nesse em-preendimento continua boiando.

LIXÃO FLUTUANTE
Como é e onde fica a supermancha de lixo.
Onde: Oceano Pacífico.
O que tem: 4 milhões de toneladas de plástico
Origem: 80% vêm dos continentes; 20% são jogados por navios


 http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/mar-mais-poluido-projeto-sujeira-virar-moradia-superinteressante-608892.shtml

MAR DE LIXO!

Uma enorme área do Pacífico está tomada por cerca de 100 milhôes de toneladas de lixo
Por Eduardo Araia

O maior depósito de lixo do mundo não se localiza em terra firme. Está no Oceano Pacífico, numa imensa região do mar que começa a cerca de 950 quilômetros da costa californiana e chega ao litoral havaiano. Seu tamanho já se aproxima de 680 mil quilômetros quadrados, o equivalente aos territórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo somados – e não pára de crescer.
Meio Ambiente
Descobridor do aterro marinho gigante, também chamado de “vórtice de lixo”, o oceanógrafo norte-americano Charles Moore acredita que estejam reunidos naquelas águas cerca de 100 milhões de toneladas de detritos – que vão desde blocos de brinquedos Lego até bolas de futebol e caiaques. Correntes marinhas impedem que eles se dispersem. “A idéia original que as pessoas tiveram foi que era uma ilha de lixo plástico sobre a qual você quase poderia andar”, observa Marcus Eriksen, diretor de pesquisas da Algalita Marine Research Foundation, organização norte-americana criada por Moore. “Não é nada disso. É quase uma sopa plástica.”
Cerca de 20% dos componentes desses depósitos são atirados ao mar por navios ou plataformas petrolíferas. O restante vem mesmo da terra firme. Segundo o oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer, especializado em destroços de navegação e que acompanha a presença de plásticos nos mares por mais de 15 anos, o vórtice de lixo se assemelha a um organismo vivo: “Ele se move como um animal grande sem coleira.” A aproximação dessa massa à terra firme, por eventuais mudanças de correntes marinhas, produz efeitos temíveis, assinala o cientista: “A colcha de lixo regurgita, e você tem uma praia coberta com esse confete de plástico.”
MOORE DESCOBRIU o mar de lixo por acaso. Em 1997, ele participava de uma competição de iatismo entre Los Angeles e o Havaí e tentou cortar caminho por uma rota evitada pelos navegadores, entrando no vórtice conhecido como North Pacific Gyre (“Giro do Pacífico Norte”) – uma região sem ilhas onde as águas do Pacífico se movimentam lentamente de forma circular, no sentido horário, por conta de ventos escassos e fortes sistemas de alta pressão. O acúmulo de detritos ali chega a tal ponto que para cada quilo de plâncton nativo da região contam se seis quilos de plástico.
 Moore ficou boquiaberto por se ver cercado de detritos, dia após dia, a tamanha distância do continente. “A cada vez que eu subia ao convés, havia lixo flutuando perto”, ele disse numa entrevista. “Como pudemos emporcalhar uma área tão imensa? Como isso podia continuar por uma semana?” A experiência marcou tanto o oceanógrafo que ele, herdeiro de uma família que fez fortuna com petróleo, vendeu toda a sua participação acionária e se tornou um ambientalista.

 http://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/427/artigo76909-1.htm