02/06/2013 08h18 - Atualizado em 02/06/2013 08h31
Grupos tentaram se aproximar dos gabinetes do premiê Erdogan.
Na capital Ancara, polícia dispersou protesto com gás e canhões de água.
Da France Presse
Novos incidentes foram registrados na madrugada deste domingo (2) em Ancara e Istambul, onde os manifestantes tentaram se aproximar dos gabinetes do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, nas duas cidades, informaram os meios de comunicação do país.
Na capital, Ancara, a polícia dispersou com bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água uma multidão de milhares de pessoas que se dirigiam à sede do chefe de governo, cantando slogans hostis a Erdogan, anunciou a agência de notícias Anatolia.
Os manifestantes responderam lançando tijolos e destruíram as vitrines de várias lojas. Dois carros foram incendiados, assim como uma banca de jornais.
Segundo a Anatolia, estes confrontos deixaram 56 feridos entre as forças de segurança. Vários manifestantes foram detidos.
Incidentes similares ocorreram em Istambul, ao redor do gabinete do primeiro-ministro, no bairro de Besiktas. A tranquilidade retornou na manhã deste domingo.
A praça Taksim e o pequeno parque Gezi, cujo projeto de supressão gerou na sexta-feira o movimento de protesto antigovernamental, foram ocupados durante toda a noite por centenas de manifestantes que festejaram o recuo do primeiro-ministro.
O governo turco finalmente fez concessões no sábado, no segundo dia de violentos protestos em Istambul, onde a polícia se retirou da praça Taksin, núcleo da revolta, depois de ter agido com extrema violência contra os manifestantes.
Enfrentando uma das ondas de protesto mais importantes desde sua chegada ao poder, em 2002, Erdogan ordenou que as forças policiais se retirassem da praça Taksim e do parque Gezi, onde está prevista a construção de um parque urbanístico, projeto que desencadeou a ira popular.
Segundo o ministro do Interior, Muamer Guler, 53 civis e 26 policiais ficaram feridos durante os dois dias de violência na Turquia, e 939 manifestantes foram detidos em 48 cidades do país.
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