Produção de carne no Brasil aumentou 5X mais que no resto do mundo.
Desafio é produzir sem agredir o meio-ambiente.
No município de Santa Helena, em Goiás, o regime de chuva é bem definido.
Na fazenda de Pedro Merola, o avião passa a 45 metros de altura e joga
25 quilos de semente por hectare. A época certa para o semeio é
justamente quando a folha da soja começa a amarelar. A semente cai no
chão, a folha cai em cima e garante umidade para o capim germinar.
Logo depois da colheita, o pasto já vai estar formado. De onde tira o
grão, Pedro vai tirar a carne. Ele conta que a integração da soja com a
pastagem tem se mostrado bem lucrativa.
Outra ferramenta na estratégia para produzir mais carne em áreas reduzidas é o confinamento. O modelo da pecuária intensiva está implantando em uma parcela muito
pequena ainda na nossa criação de gado, mas tem um potencial enorme. O consultor Washington Mesquita afirma que a área de pastagem poderia
ser reduzida a um terço do que é com a pecuária intensiva. Essa área
poderia ser disponibilizada para aumentar tanto a própria pecuária,
quanto a agricultura. “O sistema intensivo é tecnicamente,
economicamente e ecologicamente correto”, diz. O "ecologicamente correto" está não só em evitar novos desmatamentos,
como na redução do aquecimento global. É que reduzindo o tempo para o
abate, são reduzidas também as emissões de gases e dejetos do animal. No estado do Pará, município de Paragominas,
é possível ver a evolução da integração lavoura-pecuária-floresta. A
ideia é diversificar a atividade e acabar com o conceito de monocultura. Essas novas práticas ajudam a tornar realidade um sonho que até pouco
tempo era impossível e estão contribuindo para evitar o desmatamento da
Amazônia. O pesquisador do Imazon,
Carlos Souza, aponta que o último pico de derrubada foi em 2004, quando
a taxa anual de desmatamento da Amazônia chegou aos 27.700 quilômetros
quadrados. Em 2011, os números já tinham caído para 6.200 quilômetros
quadrados, redução acumulada de 77%.
Assista ao vídeo com a reportagem completa e conheça o sistema implantado na fazenda do pecuarista Thalles Barros de Lima.