Relógios da Terra ganham 1 segundo à meia-noite deste sábado 30 de junho de 2012.

À meia-noite deste sábado (30), os relógios de todo o mundo vão ganhar um segundo a mais. O mês de julho, portanto, só vai começar após as 23 horas, 59 minutos e 60 segundos.
A medida foi determinada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em janeiro e serve para ajustar o horário universal com o período de rotação da Terra.
Esta é a 25ª vez que esse acréscimo acontece. A última foi há três anos e meio, em 31 de dezembro de 2008.
Isso acontece porque um giro do nosso planeta em torno de si mesmo leva um dia, mas essa duração astronômica de 24 horas não é fixa, ou seja, pode ser um pouco mais rápida ou lenta dependendo de uma série de fatores.
Por causa da força gravitacional que o Sol e principalmente a Lua exercem sobre a Terra, os relógios atômicos – que são os mais precisos do mundo, responsáveis por determinar o horário oficial de Greenwich – precisam ser atualizados de tempos em tempos.
Esse ajuste serve para evitar uma diferença significativa ao longo de centenas de anos e impedir que o nosso horário marque meio-dia quando, na verdade, seriam apenas 10h da manhã.
A proposta da ONU foi apresentada em Genebra, na Suíça, por pesquisadores do Serviço Internacional de Sistemas de Referência sobre a Rotação da Terra, que verifica se os relógios humanos estão em sincronia com o planeta.
Além de ganhar um segundo neste sábado, 2012 é um ano bissexto, com um dia extra (29 de fevereiro) adicionado ao calendário.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/06/relogios-da-terra-ganham-1-segundo-meia-noite-deste-sabado-30.html

A questão hidrelétrica no Brasil.

Edição Especial de Energia/Junho de 2012 12/06/2012
por Fabiane Stefano Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL
 
Em 22 de agosto de 1889, a água do rio Paraibuna girou pela primeira vez uma das duas turbinas importadas dos Estados Unidos compradas para a usina de Marmelos, na cidade mineira de Juiz de Fora. Naquele dia, eram gerados os primeiros watts-hora (Wh) de energia hidrelétrica da América Latina. A usina foi construída pelo industrial mineiro Bernardo Mascarenhas, que, ao visitar a Exposição Universal de 1878, em Paris, decidiu construir uma tecelagem que seria abastecida com energia de origem hidráulica. Meses depois de inaugurada, a primeira hidrelétrica brasileira passou a fornecer eletricidade para manter acesas 180 lâmpadas da iluminação pública de Juiz de Fora, antes alimentada a gás.
Dos primeiros 250 quilowatts de potência na usina Marmelos aos atuais 84.736 megawatts (MW) de capacidade hidrelétrica instalada no Brasil passaram-se mais de 120 anos e, apesar dos avanços tecnológicos e do tamanho das novas usinas, gerar eletricidade da água continua sendo basicamente igual: a força contida na correnteza dos rios movimenta uma turbina acoplada a um gerador, que transforma energia mecânica em elétrica.
Mas nunca na história deste país as hidrelétricas causaram tanta polêmica como agora. O centro da atual discussão é a construção da usina de Belo Monte, no Pará, a ser erguida às margens do rio Xingu. A obra, cujo preço é estimado em 32 bilhões de reais, deverá ser a terceira maior hidrelétrica do mundo – atrás apenas das de Três Gargantas, na China, e Itaipu, no Brasil – e criou dois times que lutam em campos opostos. No grupo dos especialistas, dos analistas econômicos e do próprio governo, apenas grandes hidrelétricas serão capazes de fornecer energia limpa e barata em escala suficiente para satisfazer a demanda crescente por luz elétrica no país. No time dos ecologistas e dos ativistas sociais, os ganhos são bem menores em comparação ao rastro de destruição que elas deixam para o meio ambiente, para as populações indígenas e para as comunidades ribeirinhas. Entre os dois pontos de vista, há um fato e um dilema: o Brasil é o país com o maior potencial hidrelétrico do mundo, com mais de 260 mil megawatts já catalogados. Apenas um terço disso é explorado. A riqueza dos rios brasileiros para geração de eletricidade é uma bênção da natureza ou uma maldição, que nos acompanhará por todo o século 21?
Poucos países no mundo desfrutam de um sistema hídrico tão generoso quanto o nosso. Os livros escolares apontam que 55.455 quilômetros quadrados (do total de 8.514.876 quilômetros quadrados que compõem a área do território brasileiro) estão cobertos por água, distribuídos em rios, lagos e riachos. É a abundância de rios e quedas-d’água que produz o enorme potencial de energia hidráulica. Hoje, estão em operação mais de 180 grandes usinas, responsáveis por quase 70% da produção nacional de energia elétrica. Isso também faz do país o segundo maior produtor de energia hidrelétrica no mundo, com 12% da geração mundial, perdendo apenas da China. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia, outros 73 projetos hidrelétricos estão em construção, incluindo as pequenas centrais. E mais 24 estão programados até 2020. A lista de projetos deve atender à crescente demanda. Estima-se que até aquele ano o consumo no Brasil deva atingir 730 mil gigawatts-hora (GWh) – 52% a mais do que consumimos em 2011.
A imensa necessidade de energia é explicada pela expectativa de fortalecimento da economia brasileira. Nos últimos cinco anos, o país cresceu em média 4% ao ano, o que nos posicionou como a sexta maior economia do planeta. Um dos aspectos mais visíveis desse bom momento foi a ascensão de mais de 30 milhões de brasileiros à chamada nova classe média. Os consumidores emergentes não hesitam em comprar televisores, geladeiras, freezers, computadores, celulares e toda a sorte de eletrodomésticos – e, com isso, aumentam o consumo de luz.
Até 2020, o Brasil terá de ampliar a capacidade de geração dos atuais 115 mil megawatts para 171 mil megawatts. Para cumprir essa meta, o governo federal aposta na expansão de diferentes matrizes de produção. A geração de energia nuclear, que, no passado, era o alvo preferencial dos ecologistas, deverá crescer 70% com a entrada em operação da usina Angra 3, prevista para 2016. Os investimentos também serão generosos na promissora alternativa eólica. Mas, mesmo com essa diversificação e o aumento de capacidade de outras fontes, mais da metade da expansão energética se dará por meio das grandes hidrelétricas. Serão acrescidos ao sistema mais 30 mil megawatts – potência suficiente para abastecer as regiões Norte e Nordeste juntas. Para pânico dos ambientalistas, quase toda a nova capacidade instalada deverá ocorrer na região amazônica.

Fonte:  http://viajeaqui.abril.com.br/materias/questao-hidreletrica-brasil#2

Trabalho de campo: Colégio Bom Conselho!

Foto da atividade de campo. junho 2012.


 O Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho, promoveu uma atividade de campo na disciplina de geografia e fomos todos para o campo visualizar e aprender sobre solos e áreas degradadas. Foi uma manhã de aprendizado, e de muita alegria. Como professora me senti realizada com a oportunidade de mostrar aos alunos o que é uma área degradada,  as enormes voçorocas consequências do manejo inadequado. Tudo isso foi trabalhado em sala, mas a realidade é bem diferente das imagens dos livros e assim cada um teve a oportunidade de ver, tocar e sensibilizar.
 E agora todos sabemos como fazer um manejo adequado e o que acontece quando não há manejo sustentável.
Isso ai ensino médio, a participação de vocês foi excelente. 
Agora só falta o relatório. rsrsrsr 
abraço a todos!
Felizes Férias!
E quem gostou da atividade deixe um comentário. Vamos promover outra atividade de campo? resposta nos comentários. Sim x Não.






Foto da atividade de campo. junho 2012.






Foto da atividade de campo. junho 2012.
Prof. Andrea Pereira Pinto
Geógrafa
Esp. Gestão e Educação Ambiental.

Atividade de campo: Colégio Bom Conselho!!!

Foto da turma Col. Bom Conselho  em atividade de campo. Junho 2012.

 O Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho, promoveu uma atividade de campo com os alunos do ensino médio, acompanhados pelo prof. Dr. Helder Barbosa Paulino, o acadêmico José Ricardo e a mestre Régia Estevam premiada na Rio + 20 e os professores do Colégio. O objetivo foi estudar "in loco" a teoria ministrada em sala de aula. A escolha da área foi devido a mesma ter sido premiada pela ONU devido a importância da sustentabilidade com isso ter contribuido com as discussões no evento Rio + 20, onde pesquisadora Mestre Régia Estevam e seu orientador prof. Dr. Helder Paulino tiveram a oportunidade de participar.

"A ex-aluna do programa de mestrado em Geografia do Câmpus Jataí da UFG (CAJ), Régia Estevam Alves, conquistou o prêmio MyCOE Earth Day, da Association of American Geographers, com o trabalho Environmental Fragility of Ribeirão da Picada, Jataí, Goiás/Brazil, composto com partes de sua dissertação. O professor do curso de Agronomia do CAJ-UFG, Helder Barbosa Paulino, foi co-orientador do trabalho, que também contou com a participação do técnico do laboratório de geoinformação do curso de Geografia do CAJ-UFG, Alécio Perini Martins.
A pesquisa procurou avaliar a fragilidade do ambiente no entorno da bacia do Ribeirão da Picada, que fica no município de Jataí. Um dos problemas apontados foi o mau uso da terra na região, responsável por um processo agressivo de degradação e desertificação do terreno, devido à baixa capacidade de recuperação do solo. Para a obtenção dos dados, foram utilizadas técnicas de mapeamento do terreno via satélite e GIS ("Sistema de Informação Geográfica", da sigla em inglês), além de análises físicas e químicas do solo.
O desmatamento de áreas de Cerrado em grandes áreas, inclusive nas margens dos rios, também foi constatado. Outra importante observação diz respeito à conversão da mata nativa em áreas com funções ecológicas específicas, o que modificou bastante as relações entre as espécies que habitam a região. Além disso, grandes áreas com o solo totalmente descoberto, sem nenhuma vegetação recobrindo a terra, refletem o uso dessas áreas na produção agrícola e o avanço da degradação sem controle sobre o bioma Cerrado."
O MyCOE (My Community, Our Earth) foi criado em 2002, como um projeto voltado para a World Summit for Sustainnable Development (WSSD), que ocorreu em Johannesburgo, na África do Sul, para dar respostas às questões que envolviam o desenvolvimento sustentável.
http://www.ufg.br/page.php?noticia=8896


                                            Foto da turma Col. Bom Conselho  em atividade de campo. Junho 2012.
 

Bônus demográfico!

Segundo Alves em reportagem da Revista Veja edição 2274 "é  a primeira vez que na história recente, uma nação  possui uma parcela da população como entre 20 e 29 anos de idade", momento chamado de bônus demografico, é o momento do país crescer. Porém é necessário investimento em educação com o objetivo de qualificar a mão de obra ou a força de trabalho e dessa forma aproveitar para crescer economicamente. Outro fator é crescer de forma sustentável, o que é de suma importância. Ainda segundo a resportagem a Coreia do Sul é um exemplo de país que consegui usufruir do bônus de forma eficiente.
E ai Brasil???  "Mostre a tua cara" vamos crescer de forma sustentável?

Andrea Pereira Pinto.
Geógrafa

29/06/2012 10h00 - Expectativa de vida no país sobe 25,4 anos de 1960 a 2010, diz IBGE!

A expectativa de vida do brasileiro nascido em 2010 alcançou 73,4 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (29). Ao ser comparada com os dados de 1960, quando a perspectiva era de que o cidadão vivesse 48 anos, a esperança de vida do brasileiro tem um aumento de 25,4 anos.
Os dados do IBGE também mostraram que o número médio de filhos por mulher caiu de 6,3, em 1960, para 1,9, em 2010. Segundo o levantamento do instituto, isso indica que a população brasileira está mais envelhecida. A parcela de idosos (65 anos ou mais) passou de 2,7% (1960) para 7,4% (2010).
O Censo 2010 identificou que a participação da população com idade entre 0 e 14 anos caiu de 42,7% (1960) para 24,1% (2010). A diminuição da mortalidade permitiu o aumento da participação da população em idade ativa (15 anos a 64 anos), que em 1960 era de 54,6% e passou para 68,5% em 2010.
O instituto registrou ainda que aumentou a proporção de mulheres sobre os homens. Em 1960, existiam 99,8 homens para cada 100 mulheres. Em 2010, eram 96 homens para cada 100 mulheres.
Declaração de raçaSegundo o IBGE, 90,6 milhões de brasileiros se declararam como brancos em 2010, o equivalente a 47,7% da população. No mesmo ano, 82,8 milhões de pessoas se classificaram como pardos (43,1%) e outros 14,3 milhões, como pretos. (Os termos branco, preto e pardo são utilizados no relatório oficial do IBGE.)
O levantamento também apontou que 817 mil pessoas se declararam indígenas (0,4%). Desse universo, 60,8% estavam concentrados nas áreas rurais. Do total da população brasileira, apenas 15,6% vivem na zona rural.
Santa Catarina tem a maior proporção de brancos (84%), seguido do Rio Grande do Sul (83,2%) e Paraná (70,3%). Em contrapartida, apenas 20,9% da população de Roraima se declarou branca.
A maior proporção de pardos foi registrada no Norte e no Nordeste. Na Bahia, são 17,1%, cerca de 24 milhões de pessoas que se classificaram como pardos. No Rio de Janeiro, 12,4% se declaram pretos, cerca de 2 milhões de pessoas.
 
29/06/2012 10h00 - Atualizado em 29/06/2012 10h01
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/06/expectativa-de-vida-no-pais-sobe-254-anos-de-1960-2010-diz-ibge.html

Os 20 anos do Rio de Janeiro das conferências de 1992 e 2012: parte II, o legado


Leia a parte I, abaixo.

Com a proposta mágica do desenvolvimento sustentável, acrítico e de consumo fácil, o conceito de sustentabilidade, de origem biológica, bem mais antigo e cientificamente consistente, se tornou espetacularmente popular servindo para pintar de verde tudo e qualquer coisa ao mesmo tempo, ainda que sem qualquer conexão com o propósito original. Tanto é assim que, talvez, sejam duas das palavras de origem científica, nos mais diversos idiomas, mais usadas do planeta. Conforme ouvi do eminente professor e honesto conservacionista, Fernando Fernandez, da UFRJ, uma rápida e simples busca no Google, dá a dimensão da situação: só a palavra sustainable aparece 184 milhões de vezes enquanto sustainability outras 89,3 milhões, sustentável 17 milhões e sustentabilidade outras 15 milhões, num total de mais de 300 milhões de citações, ou 0,3 bilhão, em apenas duas línguas! Se juntarmos outras línguas importantes do mundo o número certamente passa da casa do bilhão de referências, incorporando variações para todos os gostos e interesses. Assim, não é necessário muito esforço para lembrar de expressivos equívocos em termos de sustentabilidade na arena das políticas públicas, do mundo empresarial privado e campo da sociedade civil. Vejamos alguns deles.
A energia hidroelétrica, definida como renovável e, portanto, "sustentável", tem justificando quaisquer quantidades de represas, muitas delas inaceitáveis quanto aos seus impactos ecológicos e, mesmo, sociais. O etanol, combustível verde do Brasil, porque produzido de cana-de-açúcar, tem sua sustentabilidade frequentemente questionada devido aos prejuízos ambientais do seu processo produtivo e ao duvidoso saldo do seu balanço energético – não bastasse isso, com a descoberta do pré-sal, nada sustentável, desapareceu do discurso nacional como resposta para a crise energético-ambiental mundial. A expansão da agropecuária sobre remanescentes florestais de todos os rincões brasileiros, destacadamente a Amazônia, tem sido justificada como meio para manter o crescimento "sustentável" das exportações, que não incorporam nos seus preços nem a mínima parte das suas externalidades ambientais. Neste caso, além de insustentável, porque veículo de seu potencial fracasso amanhã em decorrência de mudanças climáticas para as quais contribui, é também um equívoco estratégico como opção de desenvolvimento, embora negócio politicamente vigoroso como mostrou a bancada ruralista ao impor fragorosas derrotas ao governo nas votações do Código Florestal.   
Nas empresas, chegamos ao promissor triple botton line dos relatórios corporativos de sustentabilidade, mas neles o mundo real do tripé econômico, social e ambiental da sustentabilidade tem se resumido, em geral, apenas a cartas de boas intenções, com relatos do cumprimento de obrigações legais e limitada prática filantrópica. No grande espectro, obviamente, há de tudo, mas constituem honrosas exceções os casos de gestão de negócios e investimentos com avanços concretos no rumo da sustentabilidade. Por outro lado, são comuns comportamentos distintos de grandes corporações multinacionais conforme o país de atuação – neste caso variando do positivo ao bastante negativo, conforme a falta de exigência local e do controle dos stakeholders dos países de suas matrizes. Há, ainda, a quase absoluta falta de conhecimento e controle das empresas sobre suas cadeias de suprimentos, notadamente em aspectos relativos ao cumprimento das legislações trabalhista e ambiental.
Da arena da sociedade civil, de onde se propagam muitas boas ideias para os governos e para as empresas, frequentemente saem posições radicais ultrapassadas ou utopias sem sentido e no campo do desenvolvimento sustentável não foi diferente, sendo um destaque da inconsistência sócio-ambientalista a incrivelmente aceita mítica das “populações tradicionais” amistosas para com a natureza, uma ideia defendida por Rousseau no século XVII que não resiste a nenhuma análise científica consistente. Com essa mítica vêm a delimitação e a destinação política de áreas na forma de reservas para extrativistas diversos e populações quilombolas, em geral em franco confronto com a conservação da natureza e necessária justa inclusão socioeconômica dessas populações via produção. Fundamentada em boa medida em visão idealista e nostálgica sobre a propriedade coletiva, que mais favorece a tragédia dos comuns que qualquer solução ecológica e socioeconômica consistente, a ideia tem raízes no esquerdismo mais ultrapassado e policamente correto que carece de inteligência. O grau de baixa agressão à natureza dessas populações, quando de fato existe, nada mais é que resultado apenas do baixo grau de tecnologia (e de educação) e da falta de capital para adquiri-la, algumas vezes combinadas com baixas densidades demográficas.
Mencionando demografia impossível não pôr em pauta a sistemática e genérica desconsideração, ou omissão intencional, da questão populacional global para a sustentabilidade. Malthusiana ou não, essa questão é mais do que relevante, mesmo que regional ou nacionalmente, como no Brasil, esta possa ser uma questão secundária. O aumento populacional ainda é um fator crítico para a sustentabilidade num planeta limitado, de recursos finitos e já abarrotado de gente, e as suas consequências afloram a todo momento e em todo lugar, em geral noticiadas como genocídios tribais, migrações ilegais em massa, revoltas populares pelo acesso a água e outros recursos, entre outros.
Então, de que sustentabilidade trataremos na Rio+20? A considerar os rascunhos dos documentos declaratórios da convenção, tudo indica que da mesma que prevaleceu nas duas décadas transcorridas entre 1992 e 2012. Afinal, “uma mentira reconfortante é, em geral, uma opção mais palatável que uma verdade inconveniente”, porque está imporá resoluções com dores, e assim seguiremos pintando de verde ou adjetivando de sustentável tudo aquilo que social, econômica ou politicamente interessar, independentemente da qualidade do futuro que legaremos.  

http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2012/06/os-20-anos-do-rio-de-janeiro-das-conferencias-de-1992-e-2012-parte-ii-o-legado.html

Os 20 anos do Rio de Janeiro das conferências de 1992 e 2012: parte I, o processo!

Miguel S. Milano é engenheiro Florestal, mestre e doutor em Ciências Florestais, consultor em sustentabilidade (Foto: Arquivo Pessoa)

Estamos na Rio+20, ainda que não na Conferência em si, que tem por data formal o período de 19 a 22 de junho próximo. Mas, de uma forma ou outra, estamos na Rio+20 dos muitos eventos antecedentes e paralelos que tentam de alguma forma influenciar ideias e políticas, públicas e privadas, quanto ao desenvolvimento social e econômico das comunidades e sociedades deste planeta, as primeiras como células das segundas, que formam as nações, as quais se fazem presentes no debate por meio de seus governos. Debate que, ao que tudo indica, levará a nada ou apenas a muito pouco em termos de perspectivas planetárias. Afinal, os documentos iniciais da ONU em discussão, para aprovação na conferência, têm cultivado o mito do crescimento econômico perpétuo de forma completamente acrítica, como inúmeros intelectuais têm denunciado. Os documentos atuais, quase finais (de hoje) não mudam o tom e a ênfase socioeconômica mantém-se em completa dissonância com os limites físicos e biológicos do planeta, sendo perspectiva acabada de pouca esperança para o futuro.
Com esta situação, aos poucos, a panaceia do desenvolvimento sustentável, da sustentabilidade e do adjetivo sustentável aplicado a tudo e qualquer coisa, entra em colapso que parece irreversível, talvez por falência múltipla, se usarmos uma metafórica referência médica. Mas, lamentável e preocupante ao mesmo tempo, em última instância essa falência é das próprias civilizações que habitam este planeta, incapazes que têm sido de se ajustar aos seus limites, antes que do planeta em si, que sobreviverá ao saque e à predação humanos desenfreados.
Criados para orientar políticas sociais e econômicas, mormente estas últimas, assentando de forma propositiva os rumos do desenvolvimento econômico aos limites naturais do planeta, em especial àqueles de ordem ecológica, e assim limitando-o, a ideia do desenvolvimento sustentável floresceu no contexto das profícuas discussões que ocorreram entre a Conferência das Nações Unidas de Estocolmo, em 1972, e do Rio de Janeiro, em 1992, sendo consagrada nesta última e intensamente usada nestes últimos 20 anos.
Na primeira destas conferências foi severamente questionado o modelo de desenvolvimento socioeconômico até então dominante nas sociedades mais prósperas e desenvolvidas à época, reconhecendo-se limites e impactos já inaceitáveis e propondo-se limitações aos mesmos. Foram então muitos os fóruns e processos de discussões, baseados na melhor ciência, que prepararam o caminho para os acordos multilaterais que seguiram, condicionando minimamente o desenvolvimento econômico aos limites geológico, edáfico, climático e biológico do planeta. É notável o sucesso de um dos frutos desse processo, o Relatório Brundtland (em homenagem a Gro Harlem Brundtland, ex-primeira ministra da Noruega, que presidiu a comissão da ONU que o produziu) ou “Nosso Futuro Comum”, altamente influenciador de tudo que veio a seguir. Lá está o desenvolvimento sustentável, definido como “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer as habilidades das gerações futuras para atenderem às suas próprias”, que passou a ser, juntamente com o termo sustentabilidade, a panaceia mágica validada naquele contexto, como solução para todos os problemas planetários, ainda que não sem críticas de muitos céticos (como eu mesmo). Todavia, é necessário reconhecer que não se vislumbrava e nem se vislumbra hoje qualquer saída para a situação sem a incorporação da boa dose de utopia que a proposta continha, mas de forma associada a alto grau de pragmatismo executivo com análise crítica contínua, que sempre faltou. Mas, mais importante, é fato que a proposição, servindo para quase tudo, como título ou adjetivo que justificou e ainda justifica qualquer coisa, não trouxe resultados em termos de mudanças de comportamento humano, não obstantes raras exceções.
Na Conferência das Nações Unidas sobre meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, a maior reunião de chefes de Estado e governos até então realizada, mais de uma centena de países assinaram, entre outros acordos, duas das mais importantes convenções mundiais em tempos de paz: as Convenções da Diversidade Biológica e das Mudanças Climáticas. Antecederam-nas, e em boa medida as definiram ou influenciaram, uma profusão de eventos preparatórios e, ao final, paralelos àqueles oficiais.
A Conferência do Rio, ou simplesmente Rio 92, como também ficou conhecida, não apenas foi a maior reunião de chefes de Estado e governos, como também o mais expressivo processo de participação pública na construção de normativas mundiais. Foi um novo (à época) e diferente momento “da” e “na” governança global, quando, por meio de eventos de todos tipos e índoles, grupos de interesse e pressão tão distintos como comunidades indígenas remotas e de favelas urbanas, movimentos acadêmicos originários dos grandes centros do pensamento mundial, associações empresariais, ONGs de todo viés, orientação política e continente, entre tantos outros quanto se possam imaginar, estiveram presentes e se fizeram ouvir, num processo ímpar.
Agora o que temos para 2012? Nada ou quase nada como resultado do pouco que fizemos, sendo que esse pouco não ganha relevância pública quer pela falta de eco dos meios de comunicação ou pelo ceticismo das sociedades, em boa medida preocupadas com as emergências sociais e econômicas decorrentes das crises financeiras europeia e norte-americana que engolfam a todos. Importante lembrar, também, que jogam contra soluções e acordos planetários significativos o papel de liderança (ou quase) jogado no processo pelos emergentes, destacadamente Brasil, Índia, Rússia, África do Sul e China, cujas agendas desenvolvimentistas em boa medida desconsideram os limites ecológicos do planeta a atravancam acordos mais significativos que se fazem urgentemente necessários, embora esta última nação dê sinais sistemáticos de que surpreenderá a todos mais uma vez, senão nos acordos internacionais nos seus resultados práticos. Aguardemos.

Artigo publicado na revista Época.
http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2012/06/os-20-anos-do-rio-de-janeiro-das-conferencias-de-1992-e-2012-parte-i-o-processo.html

Sacolas de plástico são distribuídas com kit oficial da Rio+20!

O que você pensa dessa informação?
 
No fim da tarde desta sexta-feira (22), último dia da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a maior fila de todos os pavilhões era para pegar a sacola oficial da Rio+20, recheada com diversos brindes. A fila tinha centenas de pessoas e, em dado momento, a organização a dividiu em duas, quando quase chegou à entrada principal do evento. O curioso era que, tanto a sacola, quanto uma garrafa esportiva que fazia parte do kit, eram de plástico. “Eu acho que essa sacola deveria ser de pano”, comentou a costureira Cristiane da Cruz Camargo, de 30 anos. “Eu também acho”, concordou a aposentada Maria de Lourdes, de 65 anos, que a acompanhava.
De acordo com a organização da Rio+20, 50 mil sacolas de plástico foram distribuídas durante a conferência. Na sacola, há uma explicação dizendo que o material utilizado é “polietileno verde”, produzido a partir da cana-de-açúcar e 100% reciclável. Entretanto, não há informações sobre o tempo de degradação caso a sacola não seja corretamente descartada e vá parar em um aterro sanitário, ou jogada em rios ou outros lugares.
“Do lado de fora da Rio+20, pessoas que vieram do Uruguai, e que estavam protestando, distribuíram sacolas de pano. Elas pensaram melhor do que as pessoas que estão aqui na Rio+20, falando de sustentabilidade e dando kits com sacolas de plástico”, criticou Cristiane. Apesar de a sacola plástica da Rio+20 ser reforçada, nem assim foi aprovada por Cristiane. “Essa sacola não dura. Como sou costureira, sei que essa sacola vai rasgar se colocar muito peso”, afirmou, com autoridade. “A sacola de pano, eu poderia aproveitar para carregar as compras do mercado”, complementou.
Cristiane e Maria trabalharam na Rio+20 como auxiliares de cozinha e, apesar das críticas, estavam satisfeitas com o brinde. “Além da garrafa da Rio+20, também vem um kit de cosméticos, contendo um hidratante para as mãos e um creme corporal”, disse Cristiane. Completavam o kit um bloco e uma caneta. “Mas é uma caneta ecológica, de papelão”, acrescentou a costureira, com um sorriso.
A última leva de sacolas, estava marcada para ser distribuída às 19h, mas a organização da Rio+20 decidiu fazer a distribuição um pouco antes. As últimas 3 mil unidades acabaram em poucos minutos, frustando dezenas de pessoas que formaram a fila no horário previamente anunciado.

http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/sacolas-de-plastico-sao-distribuidas-com-kit-oficial-da-rio20.html

FMI obtém US$ 456 bilhões para fundo anticrise, diz Lagarde!

As novas contribuições ao Fundo Monetário Internacional (FMI) prometidas por seus integrantes já somam US$ 456 bilhões no primeiro dia da cúpula do G20, informou a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde.
A dirigente do FMI saudou as contribuições, que incluem US$ 43 bilhões da China, US$ 10 bilhões do Brasil e mais US$ 10 bilhões do México. Rússia e Índia - que integram o Brics com Brasil, China e África do Sul - também prometeram US$ 10 bilhões, mas os sul-africanos se limitaram a US$ 2 bilhões.
Países grandes e pequenos se uniram para atender ao nosso apelo, e outros poderão aderir. Saúdo este compromiso com o multilateralismo que resulta em promessas de US$ 456 bilhões, o que quase duplica nossa capacidade de empréstimo", disse Lagarde. "No total, 37 países membros do Fundo, que representam cerca de três quintos das cotas da organização, se uniram a este esforço coletivo. Estes recursos estarão disponíveis para prevenção e solução de crises e para cumprir com as necessidades potenciais de financiamento de todos os membros do FMI".
No caso específico do Brics, a contribuição está vinculada à implementação, por parte do FMI, da reforma do organismo aprovada em novembro de 2010 e que estabelece um aumento do poder de voto de várias nações emergentes no Fundo.
Os presidentes dos Brics "concordaram em incrementar os recursos disponíveis para o Fundo Monetário Internacional (...) contanto que estes recursos sejam utilizados apenas depois dos atuais disponíveis. Além disso, todas as reformas do FMI acertadas em 2010 serão completamente implementadas a tempo, incluindo uma reforma de voto", destaca um comunicado do grupo.
Reserva virtual
Os Brics também analisaram a possibilidade de se criar um fundo "virtual" de reservas para fomentar um intercâmbio de moedas que dinamize suas relações comerciais e reduza o impacto da crise financeira.
"Resolvemos iniciar estudos para a criação de um fundo virtual de reservas de modo que possamos realizar 'swaps' entre os Brics", revelou o ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega.
Segundo Mantega, os países do Brics têm a capacidade de "dar mais dinamismo à economia internacional", mas para tal é necessário que adotem medidas para "estimular" o comércio entre si.


19/06/2012 03h01 - Atualizado em 19/06/2012 05h55
http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/06/fmi-obtem-us-456-bilhoes-para-fundo-anticrise-diz-lagarde.html

Grécia

Os Estados Unidos pediram à União Europeia e ao FMI que renegociem os termos da ajuda à Grécia para permitir que Atenas tenha mais tempo para cumprir os compromissos assumidos com o plano de socorro.
"Há muito espaço de negociação para as duas partes" e é possível discutir um novo acordo que dê mais tempo à Grécia para cumprir com suas obrigações, disse a subsecretária do Tesouro Lael Brainard em Los Cabos. "Esperamos ver de parte dos sócios europeus e do FMI o reconhecimento de que o programa da Grécia descarrilou durante um tempo em parte porque houve um prolongado processo político e ficaram sem governo".
As eleições gerais gregas deste domingo (17) deram a vitória ao partido conservador Nova Democracia, partidário do euro, mas por pequena margem. Como consequência, o FMI se manifestou aberto a uma renegociação dos elementos do crédito de 130 bilhões de euros concedido a Atenas.
No projeto de declaração final da cúpula, cujo rascunho foi obtido pela AFP, o G20 "se compromete a adotar as medidas necessárias para reforçar o crescimento mundial e restaurar a confiança".
"Atuaremos conjuntamente para reforçar a recuperação e responder às tensões dos mercados financeiros (...) e os Bancos saudáveis, capazes de emprestar, são essenciais para a recuperação mundial".
O grupo também manifesta sua disposição de lutar contra o protecionismo "sob todas as formas" e de promover a criação de empregos no planeta.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/06/fmi-obtem-us-456-bilhoes-para-fundo-anticrise-diz-lagarde.html

Acordo para governo na Grécia pode demorar, diz esquerdista moderado!

Os líderes políticos da Grécia ainda não chegaram a um acordo sobre os termos do impopular plano de resgate econômico ao país, e o governo de coalizão pode ser alcançado apenas mais tarde nesta semana, disse o líder de um partido moderado de esquerda nesta terça-feira (19).
"Haverá um governo, mas eu não sei se será formado nesta noite. Acredito que teremos um acordo até o final da semana", disse o líder do pequeno partido Esquerda Democrática, Fotis Kouvelis, após encontro com Evangelos Venizelos, do socialista Pasok. "Ainda há algumas questões enormes sobre o programa de governo e os termos (do resgate) que a Grécia ainda precisa desembaraçar." O partido de Kouvelis deve apoiar a coalizão liderada pelos conservadores do Nova Democracia, que venceram a eleição de domingo, e os socialistas do Pasok. "A Grécia deve e irá ter um governo assim que possível", disse Venizelos após a reunião. "Há uma necessidade de formar uma equipe nacional de negociação que lide com a revisão de termos duros do acordo de resgate", acrescentou. Samaras, que recebeu a missão de formar um governo, e Venizelos dispõem da maioria necessária no Parlamento, mas ambos desejam que o novo gabinete tenham uma base mais ampla, ante a oposição da esquerda radical, com o partido Syriza, o segundo mais votado no domingo e contrário ao plano de austeridade imposto ao país por FMI e União Europeia. O Nova Democracia e o Pasok se alternaram no poder entre o fim do regime militar grego, em 1974. No ano passado, a crise econômica que castiga o país forçou os arquirrivais a partilharem o poder, num governo de unidade nacional favorável ao pacote financeiro internacional. Mas o apoio ao Pasok despencou neste ano, deixando-o num distante terceiro lugar eleitoral, atrás do Nova Democracia e do esquerdista Syriza.
Numa notável mudança de tom desde a eleição de domingo, líderes de partidos que antes apoiavam o resgate agora falam abertamente em renegociar seus termos junto à União Europeia e o Fundo Monetário Internacional. Parceiros europeus, especialmente a Alemanha --maior economia do bloco-- admitem rever alguns prazos de pagamento dos empréstimos, mas rejeitam repetidamente a renegociação dos termos.
"O novo governo deve se ater aos seus compromissos, com os quais o país concordou", disse a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, durante reunião do G20 no México. O Nova Democracia e o Pasok se alternaram no poder entre o fim do regime militar grego, em 1974. No ano passado, a crise econômica que castiga o país forçou os arquirrivais a partilharem o poder, num governo de unidade nacional favorável ao pacote financeiro internacional. Mas o apoio ao Pasok despencou neste ano, deixando-o num distante terceiro lugar eleitoral, atrás do Nova Democracia e do esquerdista Syriza. Numa notável mudança de tom desde a eleição de domingo, líderes de partidos que antes apoiavam o resgate agora falam abertamente em renegociar seus termos junto à União Europeia e o Fundo Monetário Internacional. Parceiros europeus, especialmente a Alemanha --maior economia do bloco-- admitem rever alguns prazos de pagamento dos empréstimos, mas rejeitam repetidamente a renegociação dos termos. "O novo governo deve se ater aos seus compromissos, com os quais o país concordou", disse a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, durante reunião do G20 no México.
 
19/06/2012 08h28 - Atualizado em 19/06/2012 09h17
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/06/acordo-para-governo-na-grecia-pode-demorar-diz-esquerdista-moderado.html

Grécia volta às urnas em 'referendo' sobre permanência na zona do euro!

Os gregos voltam às urnas neste domingo (17) para novas eleições legislativas que se tornaram uma espécie de referendo sobre a permanência do país em crise na zona do euro. Todos os olhos da Europa e da comunidade internacional se voltam para o país. O resultado das urnas deve ser imediatamente discutido na cúpula do G20 que ocorre segunda e terça-feira (19) em Los Cabos, no sudoeste do México, reunindo os líderes de países ricos e emergentes. Ao longo dos últimos dias, dirigentes europeus e o presidente dos EUA, Barack Obama, "advertiram" aos cerca de nove milhões de eleitores gregos sobre as consequências da votação para seu próprio país e para a Eurozona. "Estar ou não estar na Eurozona? Esta é a questão", afirmou o primeiro-ministro interino grego, Lucas Papademos, resumindo o dilema. A eleição ocorre depois que a votação de 6 de maio não conseguiu formar um governo, após dez dias de negociações emperradas e que elevaram a tensão nos mercados financeiros internacionais. Os partidos tradicionais, Nova Democracia (centro-direita) e Pasok (socialista) não conseguiram atrair a Syriza (coalizão de extrema-esquerda), que surpreendeu nas urnas, para uma coalizão. A extrema-esquerda é contrária aos pacotes de ajuda oferecidos à Grécia x pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pela União Europeia. O impasse levou o presidente Karolos Papoulias a convocar novas eleições.
Para a votação de domingo, a centro-direita e a extrema-esquerda parecem estar empatadas em intenções de voto. Pesquisas não autorizadas concedem uma vantagem mínima a Antonis Samaras, de 61 anos, líder conservador do Nova Democracia, sobre Alexis Tsipras, de 37 anos, chefe do Syriza, segundo um especialista. Samaras se apresenta como o fiador da manutenção da Grécia na Eurozona, ao mesmo tempo em que quer renegociar o memorando, o plano de austeridade negociado com os credores internacionais em troca de ajuda financeira. Ele ressaltou em um de seus discursos de campanha que "o que está em jogo nestas eleições está claro: euro ou dracma, governo de coalizão ou não governo".
Samaras, um conservador que se apresenta ao mesmo tempo como nacionalista a eurófilo, não excluiu, na hipótese de não conquistar a maioria absoluta, dirigir uma coalizão que inclua outros grupos de direita, assim como o Pasok. Seu rival da esquerda radical, muito mais carismático, mas temido pelos mercados financeiros, exige acabar com o memorando assinado pelos partidos tradicionais "submetidos ao diktat dos credores". Alexis Tsipras deu um prazo de dez dias para realizar "uma verdadeira e dura" renegociação com a União Europeia se tomar o comando na Grécia, com a perspectiva da cúpula europeia dos dias 28 e 29 de junho em Bruxelas. "Espero que os partidos cooperem. Que todo o mundo esteja unido", disse à France Presse Michalis Vlasvianos, aposentado de 77 anos que vive com dificuldade com uma pensão mensal de 630 euros. Se os europeus, e em particular a chanceler alemã Angela Merkel, mostram-se intransigentes em suas mensagens à Grécia, em Atenas é considerada inverossímil uma margem de negociação e um apoio ao crescimento. "Os termos do compromisso, a ser assinado até dezembro, estabeleceriam um prazo adicional de dois anos para o saneamento orçamentário", afirmou à AFP um ex-conselheiro de Papademos, na liderança do país até maio. Em dois anos, a Grécia recebeu uma ajuda maciça de 347 bilhões de euros – dois empréstimos de 110 e 130 bilhões até 2015 e um perdão da dívida de 107 bilhões – o equivalente a uma vez e meia seu PIB. As eleições de 6 de maio não propiciaram uma maioria, nem uma coalizão de governo, afundando o país na incerteza e provocando nervosismo na Europa e a suspensão temporária do  pagamento de 2,6 bilhões de euros de ajuda.
À beira da quebra
Desde então, a Grécia parece estar à beira da quebra, com indicadores no vermelho: PIB em queda de 6,5%, desemprego de 22,6%, a população correndo aos bancos para retirar o dinheiro, e cofres públicos que podem se esvaziar em meados de julho. Os cenários de uma possível saída da Grécia da Eurozona, uma hipótese rejeitada por 80% dos gregos, se tornaram recorrentes nos círculos europeus e nos meios de comunicação financeiros desde 6 de maio. O último, fechado no início de julho pelo Deutsche Bank, detalha o que poderia ser o período de altos riscos posterior a um default "tão logo quanto o fim de junho ou o início de julho". Este cenário prevê um controle dos fluxos de capital e das retiradas de depósitos bancários, o restabelecimento do papel do Banco da Grécia e a emissão de uma moeda ou quase moeda desvalorizada em 50% como mínimo.

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/06/grecia-volta-urnas-em-referendo-sobre-permanencia-na-zona-do-euro.html

Índia enfrenta onda de calor!

Calor castiga o país há dias.
Temperaturas atingem 45 graus centígrados.

 

Fonte:  http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/06/india-enfrenta-onda-de-calor.html

Cidade de Tel Aviv, em Israel, tem 100% da água reaproveitada!


Esgoto tratado é usado para irrigar plantações no deserto.
Acesso a recursos hídricos é uma das questões em discussão na Rio+20

Existe no mundo alguma cidade que tenha 100% da água que usa reaproveitada? Existe. É Telaviv, em Israel. Toda vez que alguém toma banho ou puxa a descarga na maior área metropolitana daquele país, a água vai para um complexo de tratamento e é recuperada.
(A partir desta sexta- feira (1º), o G1 publica uma série de reportagens abordando os principais temas que serão discutidos na Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20.) Para ser purificado, o esgoto é bombeado para dentro da terra e novamente retirado, passando por tratamentos físicos, químicos e biológicos na maior estação de tratamento do Oriente Médio, o Shafdan.
 Depois, a água percorre cerca de 100 km por dutos até o deserto de Neguev, onde irriga variadas plantações.
O sistema começou a ser instalado  há mais de 30 anos e permitiu “transferir grandes áreas agrícolas do congestionado centro do país para a amplidão do Neguev”, orgulha-se a Mekorot, a companhia nacional de água de Israel.
O Shafdan é um exemplo de como um país que enfrenta escassez de água pode fazer melhor uso desse recurso.
E contempla uma outra questão importante: o grande volume consumido pela agricultura - a ONU estima que 70% da água usada pelo ser humano vai para irrigação.
A água é apenas um dos temas a serem discutidos na Rio+20, que acontece de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro.


 Complexo de Shafdan, em Israel, atende os mais de 3 milhões de habitantes da área metropolitana de Tel Aviv. (Foto: Mekorot/Divulgação)

Um dos problemas sobre os quais os diplomatas devem se debruçar é como ampliar o acesso aos recursos hídricos. Desde 1990, segundo as Naçoes Unidas, cerca de 1,7 bilhão de pessoas passaram a desfrutar de água potável, mas ainda há mais de 880 milhões no planeta que não têm esse privilégio.
Para Paulo Canedo, professor do Laboratório de Hidrologia da Coppe-UFRJ, um ponto crítico a ser enfrentado nos próximos anos é o saneamento em países pobres. “O esgoto não tratado é o grande inimigo. Talvez seja preciso fazer um grande fundo de saneamento”, diz.
 O professor aponta que as nações mais desenvolvidas são as que em média gastam mais água per capita, mas possuem recursos para tratá-la: “Os países ricos são perdulários. Mas eles podem, porque têm como sobreviver a esse modo de vida”.
Por outro lado, os países europeus, por exemplo, dependem de alimentos importados. Por isso, têm preocupação com a escassez de água em lugares como a África. “A Europa não tem capacidade de produzir todo seu alimento. Eles precisam do alimento do mundo. Se o mundo sucumbir [por falta de água], eles vão morrer de fome.”
Outra dificuldade apontada pelo especialista é o desequilíbrio regional dos recursos hídricos. A Ásia, por exemplo, que concentra mais de metade da população mundial, detém pouco mais de um terço da água doce. A América do Sul, por sua vez, é a que tem maior folga, com 6% da população mundial e 26% da água.
MortesA ONU estima que, em média, 5 mil crianças morram por dia de doenças relacionadas à falta de água ou saneamento básico no mundo.
Ao lado de investimentos pesados, como os de Israel, que há mais de três décadas iniciou o projeto de reaproveitamento do esgoto de Tel Aviv, a tecnologia também pode criar alternativas para ampliar o acesso à água.
Um exemplo inusitado foi divulgado recentemente: é um gerador eólico capaz de “produzir” até 1.200 litros de água líquida por dia, da empresa francesa Eolewater. Trata-se de um catavento que gera energia, acionando um sistema de refrigeração.
Resfriando o ar, o aparelho condensa a umidade presente na atmosfera. Assim, é possível retirar água do ar em áreas remotas, sem acesso a energia elétrica.
Um protótipo dessa máquina funciona atualmente em Abu Dabi, nos Emirados Árabes, desde outubro, e consegue retirar até 800 litros de água do ar por dia, mesmo estando numa região desértica.

01/06/2012 07h55 - Atualizado em 01/06/2012 07h55
 Fonte: http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/cidade-de-tel-aviv-em-israel-tem-100-da-agua-reaproveitada.html

Cientistas determinam data de colisão da nossa galáxia com a vizinha!

Nossa galáxia, a Via Láctea, está em rota de colisão frontal com a vizinha Andrômeda e a batida deve acontecer em 4 bilhões de anos, anunciaram astrônomos da Nasa nesta quinta-feira (31). E se mundo sobreviver a 2012, também deve sobreviver ao impacto: segundo os cientistas, a Terra não deve ser destruída, mas nosso Sistema Solar deve ser lançado para outras partes do espaço.
A aproximação entre a Via Láctea e Andrômeda já era conhecida há muitos anos. Nossa vizinha está se movendo em nossa direção a mais de 400 mil quilômetros por hora (nessa velocidade, dá para chegar na Lua em uma hora). No entanto, não se sabia se isso ia gerar uma colisão, uma “topada” de leve ou se Andromeda passaria pertinho, mas sem nos atingir.
Agora, os cientistas já sabem. As duas galáxias vão colidir sim e a batida tem data marcada: em 4 bilhões de anos. A partir daí, elas vão se unir em apenas uma – um processo que deve demorar outros 2 bilhões de anos.
Como as estrelas ficam muito longe umas das outras, elas não devem colidir entre si. No entanto, serão lançadas para órbitas diferentes. Segundo as simulações feitas pelos astrônomos, o nosso Sistema Solar deve ser jogado para uma área muito mais distante do centro da galáxia do que a que se encontra hoje.
Depois da batida entre Via Láctea e Andrômeda, outra colisão está prevista – com a galáxia do Triângulo. Existe ainda uma pequena chance de que Triângulo acerte a Via Láctea antes de Andrômeda. Quando tudo estiver terminado, as três serão uma galáxia só.
 
31/05/2012 19h35 - Atualizado em 31/05/2012 19h35
Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/05/cientistas-determinam-data-de-colisao-da-nossa-galaxia-com-vizinha.html