Acordo para governo na Grécia pode demorar, diz esquerdista moderado!

Os líderes políticos da Grécia ainda não chegaram a um acordo sobre os termos do impopular plano de resgate econômico ao país, e o governo de coalizão pode ser alcançado apenas mais tarde nesta semana, disse o líder de um partido moderado de esquerda nesta terça-feira (19).
"Haverá um governo, mas eu não sei se será formado nesta noite. Acredito que teremos um acordo até o final da semana", disse o líder do pequeno partido Esquerda Democrática, Fotis Kouvelis, após encontro com Evangelos Venizelos, do socialista Pasok. "Ainda há algumas questões enormes sobre o programa de governo e os termos (do resgate) que a Grécia ainda precisa desembaraçar." O partido de Kouvelis deve apoiar a coalizão liderada pelos conservadores do Nova Democracia, que venceram a eleição de domingo, e os socialistas do Pasok. "A Grécia deve e irá ter um governo assim que possível", disse Venizelos após a reunião. "Há uma necessidade de formar uma equipe nacional de negociação que lide com a revisão de termos duros do acordo de resgate", acrescentou. Samaras, que recebeu a missão de formar um governo, e Venizelos dispõem da maioria necessária no Parlamento, mas ambos desejam que o novo gabinete tenham uma base mais ampla, ante a oposição da esquerda radical, com o partido Syriza, o segundo mais votado no domingo e contrário ao plano de austeridade imposto ao país por FMI e União Europeia. O Nova Democracia e o Pasok se alternaram no poder entre o fim do regime militar grego, em 1974. No ano passado, a crise econômica que castiga o país forçou os arquirrivais a partilharem o poder, num governo de unidade nacional favorável ao pacote financeiro internacional. Mas o apoio ao Pasok despencou neste ano, deixando-o num distante terceiro lugar eleitoral, atrás do Nova Democracia e do esquerdista Syriza.
Numa notável mudança de tom desde a eleição de domingo, líderes de partidos que antes apoiavam o resgate agora falam abertamente em renegociar seus termos junto à União Europeia e o Fundo Monetário Internacional. Parceiros europeus, especialmente a Alemanha --maior economia do bloco-- admitem rever alguns prazos de pagamento dos empréstimos, mas rejeitam repetidamente a renegociação dos termos.
"O novo governo deve se ater aos seus compromissos, com os quais o país concordou", disse a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, durante reunião do G20 no México. O Nova Democracia e o Pasok se alternaram no poder entre o fim do regime militar grego, em 1974. No ano passado, a crise econômica que castiga o país forçou os arquirrivais a partilharem o poder, num governo de unidade nacional favorável ao pacote financeiro internacional. Mas o apoio ao Pasok despencou neste ano, deixando-o num distante terceiro lugar eleitoral, atrás do Nova Democracia e do esquerdista Syriza. Numa notável mudança de tom desde a eleição de domingo, líderes de partidos que antes apoiavam o resgate agora falam abertamente em renegociar seus termos junto à União Europeia e o Fundo Monetário Internacional. Parceiros europeus, especialmente a Alemanha --maior economia do bloco-- admitem rever alguns prazos de pagamento dos empréstimos, mas rejeitam repetidamente a renegociação dos termos. "O novo governo deve se ater aos seus compromissos, com os quais o país concordou", disse a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, durante reunião do G20 no México.
 
19/06/2012 08h28 - Atualizado em 19/06/2012 09h17
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/06/acordo-para-governo-na-grecia-pode-demorar-diz-esquerdista-moderado.html

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