Explosão em fábrica nos EUA mata entre 5 e 15 e fere mais de 160


Do UOL, em São Paulo

Uma explosão em uma fábrica de fertilizantes na cidade de West, no Estado americano do Texas, deixou um número ainda incerto de mortos e centenas de feridos, na noite desta quarta-feira (17). A polícia estimou o número de mortes entre cinco e 15, incluindo os primeiros bombeiros que atenderam a ocorrência. A explosão ocorreu por volta das 20h (22h pelo horário de Brasília) na cidade de cerca de  2.700 habitantes, a cerca de 190 km da capital Austin, e devastou a fábrica da West Fertilizer. Até o momento, a polícia trata o caso como uma explosão acidental. Tanto o número de mortos quanto o de feridos são conflitantes nas agências de notícias americanas e internacionais. Enquanto a "CBS" fala em até 70 mortos, a "CNN" cita apenas duas vítimas. O diretor do sistema de administração de emergências de West, George Smith, afirmou nesta quinta-feira (18) que ao menos dois médicos morreram e três bombeiros devem ser confirmados entre as vítimas da explosão. Segundo Smith, a contagem de corpos pode chegar a 70. O prefeito da cidade, Tommy Muska, disse que mais de 160 pessoas foram atendidas pelas equipes de resgate após a explosão.  Um socorrista declarou à agência "AFP" que o estado de 40 é muito grave. O diretor do centro médico Hillcrest Baptist, em Waco, Glenn Robinson, disse à "CNN" que uma unidade de atendimento de emergência foi montada em um campo de futebol perto da fábrica para agilizar a triagem dos pacientes. O governador do Texas, Rick Perry, disse que o governo ajudará as autoridades locais no socorro às vítimas. A Casa Branca informou que o presidente Barack Obama acompanha de perto a situação. 

Polícia descarta ligação com atentados

O sargento da Polícia de Waco, Patrick Swanton, disse que as autoridades ainda investigam a causa da catástrofe. Ele afirmou, porém, que "não há indicativo de que isso é qualquer coisa diferente de um incêndio acidental" - ou seja, sem relação com o recente atentado a bomba que matou três na maratona de Boston e o envio de cartas com substância venenosa à Casa Branca e ao Senado. Segundo o jornal "The New York Times", um incêndio atingia a fábrica de fertilizantes antes da explosão. "O fogo se espalhou, atingiu um dos tanques que contêm produtos químicos para tratar os fertilizantes, e houve essa explosão, cujos danos são de grande extensão", disse  o congressista Bill Flores, do Texas. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o abalo causado pela explosão foi equivalente a um terremoto de magnitude 2.1 (fraca intensidade). Por volta das 10h (horário de Brasília), pelo menos dez prédios ainda estavam em chamas na cidade, segundo a emissora de TV local WFAA.

"Foi como uma bomba", diz prefeito

Mesmo fraca, a força da explosão foi suficiente para destruir casas, prédios, escolas e um asilo localizados nos arredores da fábrica. A enorme detonação foi ouvida a quilômetros de distância e provocou uma bola de fogo de cerca de 30 metros de diâmetro sobre a fábrica. 
"Foi como se uma bomba nuclear tivesse explodido", descreveu o prefeito da cidade, Tommy Muska. "Muitas pessoas se machucaram e tem gente que não estará aqui amanhã... é de partir o coração", disse. O porta-voz do Departamento de Segurança Pública do Texas estima que mais de 75 casas ficaram severamente danificadas. Ainda de acordo com ele, 133 idosos foram retirados do asilo afetado pela explosão, alguns em cadeiras de rodas.   As autoridades ordenaram a saída de centenas de pessoas que vivem na região, e ao menos metade da população de West teve que abandonar suas casas, por causa do risco de novas explosões. Outro risco é em relação a um forte odor de gás amônia que se espalhou pelo local e que pode causar severos danos à saúde, se inalado. O vento na região complica o trabalho dos bombeiros e ajuda a espalhar as substâncias tóxicas provenientes dos escombros da fábrica.  A Administração de Aviação Federal (FAA, na sigla em inglês) proibiu os voos abaixo de 3 mil pés sobre a região do acidente.

Testemunhas relatam como escaparam da tragédia

Testemunha do incidente, Bill Bohannan fazia uma visita à casa de seus pais, moradores no entorno da fábrica, quando aconteceu a explosão . "Eu disse: 'isso vai explodir'. E pedi a meus pais que entrassem no carro. Estava de pé junto ao meu carro com a minha namorada, esperando que meus pais saíssem, e (a fábrica) explodiu. Nosso carro foi atingido", relatou Bill, que escapou sem ferimentos.  Cheryl Marak, vereadora da cidade, disse que o impacto da explosão a derrubou no chão. "A minha casa e a da minha mãe desmoronaram e meu cachorro morreu", afirmou. "Eu moro a 300 metros da fábrica e os vidros das minhas janelas foram destruídos", disse Jason Shelton. Barry Murry, que mora a cerca de um 1,5 km de distância da fábrica, relata um cenário de pânico: "Foi como a explosão de uma bomba. Havia ambulâncias em todos os lugares".O prefeito da cidade tenta transmitir otimismo.  "Não é o fim do mundo. É uma grande ferida que agora temos em nosso corações. Mas nós somos fortes; vamos reconstruir tudo". (Com agências internacionais).



Forte terremoto no Irã mata pelo menos 45.

16/04/2013 08h00 - Atualizado em 16/04/2013 10h00
Do G1, em São Paulo


Tremor teve magnitude 7,8, segundo agência geológica dos EUA.
Houve mortes no Irã, diz TV estatal, e no Paquistão, dizem autoridades.


Um forte terremoto de magnitude 7,8 atingiu o Irã nesta terça-feira (16), segundo o Serviço Geológico dos EUA, e matou pelo menos 45 pessoas, segundo a imprensa oficial e as autoridades locais. Foram 40 mortos no Irã, segundo a TV estatal e 5 no vizinho Paquistão, de acordo com as autoridades. A cidade de Saravan sofreu fortes danos, segundo a agência Sars. A transmissão de energia e os sistemas de comunicação caíram na província do Sistão-Baluchistão, segundo a TV estatal. Uma autoridade do governo disse à agência Reuters que o tremor pode ter deixado centenas de mortos. Já um funcionário do centro de crises do governo iraniano disse à agência semioficial Isna que não há relato oficial de mortes até agora. O tremor ocorreu próximo à fronteira com o Paquistão, às 15h44 locais (7h44 de Brasília), a uma profundidade de 15 quilômetros, e a 86 quilômetros da cidade de Khash, em uma área de montanhas e deserto.
Paquistão
No Paquistão, morreram três mulheres e duas crianças na queda de uma casa no distrito de Panjgur, na província do Baluchistão.

Golfo Pérsico e Índia
O abalo também foi sentido no Golfo Pérsico e em Nova Déli, na Índia, segundo testemunhas.
Em Nova Déli, prédios altos tremeram, fazendo as pessoas correrem para as ruas, segundo testemunhas. Moradores também deixaram edifícios no Qatar e em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Os sismólogos iranianos mediram o tremor como de magnitude 7,5. Cinco equipes de resgate foram enviadas para as cidades de Saravan e Khash para avaliar os danos, informou o diretor do Crescente Vermelho iraniano, Mahmud Mozafar, citado pela agência Isna.

37 mortos semana passada
Um outro terremoto, de magnitude 6,3, atingiu o Irã perto da única usina nuclear do país no dia 9 de abril, matando 37 pessoas e deixando 850 feridos, ao destruir casas e devastar dois vilarejos. A maioria da instalações de atividade nuclear do Irã está localizada na região central ou no oeste do país, incluindo a usina nuclear de Bushehr, que fica na costa do Golfo. A empresa responsável pela construção da usina afirmou que o complexo não foi danificado pelo tremor desta terça.

Terremotos anteriores
O Irã fica sobre várias falhas sísmicas e já sofreu vários terremotos devastadores. O mais violento dos últimos anos matou 31 mil pessoas em Bam, no sul do país, em 2003. Em agosto de 2012, dois tremores de 6,3 e 6,4 graus mataram 306 pessoas perto da cidade de Tabriz, no noroeste.



Grécia chega a acordo com credores para liberar novas parcelas de resgate de sua economia




A Grécia e a 'troika' de credores internacionais (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) chegaram a um acordo para que o país possa receber novas parcelas do resgate de sua economia, anunciou nesta segunda-feira (15) o ministro das Finanças, Yannis Stournaras.

As negociações, iniciadas em março, "chegaram ao fim, temos um acordo", declarou o ministro em um congresso organizado pela revista "The Economist".

"Esperamos que sejam desbloqueadas parcelas dos empréstimos no valor de 8,8 bilhões de euros, uma nova ajuda que dependia da avaliação por parte da troika do saneamento financeiro da economia grega e das reformas em curso", completou o ministro.

As negociações da Grécia com os credores estavam bloqueadas no tema da redução do número de funcionários públicos, uma exigência da troika. Segundo a imprensa, Atenas aceitou suprimir 4.000 empregos até o fim 2013 e outros 11 mil em 2014.






15/04/201305h50De Atenas (Grécia

EUA defenderão Japão contra Coreia do Norte, diz secretário de Estado

14/04/2013 - 08h58
DA AFP


O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou neste domingo (14) que os Estados Unidos estão "totalmente determinados a defender o Japão", que foi alvo de ameaças nucleares por parte da Coreia do Norte.
Kerry chegou neste domingo ao Japão para conversar sobre as tensões nucleares na Península Coreana.
O secretário de Estado dos EUA se reúne com o chanceler japonês Fumio Kishida em Tóquio, que posicionou mísseis Patriot em torno da capital para fazer frente a um eventual lançamento de mísseis norte-coreanos.
Esta é a última etapa do giro asiático de Kerry, que reiterou, na Coreia do Sul, o apoio de Washington a Seul.
No sábado, em visita a Pequim, Kerry conseguiu um apoio crucial da China para buscar uma distensão na crise.
"Tratar adequadamente o problema nuclear coreano serve ao interesse comum de todas as partes", afirmou o conselheiro de Estado da China, Yang Jiechi.
Nem Yang nem Kerry deram detalhes de medidas concretas, mas o secretário norte-americano disse que outras discussões serão mantidas para saber como alcançar o objetivo.
A China é a única aliada importante da Coreia do Norte e seu fornecedor-chave de ajuda e comércio. As autoridades chinesas têm influência sobre o governo do ditador Kim Jong-Un, que ameaçou em várias oportunidades dar início a uma guerra nuclear.
TESTES
Em um ano, Pyongyang disparou dois mísseis (um deles, em dezembro, foi bem sucedido), considerados pelas potências ocidentais como testes de mísseis balísticos encobertos. O país ainda realizou a um teste nuclear (em 12 de fevereiro), o que lhe valeu novas sanções da ONU, motivo das novas ameaças norte-coreanas.
Ignorando as advertências de seu vizinho e aliado chinês, o Norte posicionou em seu litoral oriental dois mísseis Musudan, com um alcance teórico de 4.000 km. O artefato poderia chegar ao território japonês, sul-coreano e inclusive na ilha de Guam, no Pacífico, onde os Estados Unidos têm bases navais e aéreas.
O possível disparo de um míssil poderá acontecer em torno em 15 de abril, dia do aniversário do nascimento do fundador da dinastia comunista, Kim Il-Sung, segundo os especialistas.
Para apaziguar a situação, os Estados Unidos cancelaram na semana passada o disparo de teste de um míssil balístico intercontinental da Califórnia, o Minuteman 3. Com o mesmo espírito, Kerry desistiu de visitar na Coreia do Sul a localidade fronteiriça de Panmunjom, onde foi assinado o armistício que pôs fim à Guerra da Coreia (1950-1953).



Após erupção solar, Terra pode ter tempestade geomagnética

13/04/2013 02h00 - Atualizado em 13/04/2013 02h00


Eduardo Carvalho
Do G1, em São Paulo

Cientistas aguardam neste sábado chegada de partículas emitidas pelo Sol.
Fenômeno pode alterar sistemas de satélites e redes de energia


Erupções ocorridas no Sol nesta semana, consideradas as mais intensas deste ano, podem provocar até o fim da manhã deste sábado (13) uma tempestade geomagnética na Terra, que, dependendo da intensidade, pode afetar sistemas de telecomunicações do planeta e a rede de distribuição de energia elétrica, segundo cientistas.

Na última quinta-feira (11), a agência espacial americana, Nasa, captou explosões na coroa solar que emitiram no espaço jatos com bilhões de partículas que partiram em direção à Terra. Imagens feitas por equipamentos da agência captaram as explosões. Segundo a Nasa, o aumento no número de explosões solares é esperado para este período, em que o Sol está chegando próximo do pico de seu ciclo de atividade, que dura 11 anos.

De acordo com o pesquisador brasileiro José Roberto Cecatto, da divisão de astrofísica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de São José dos Campos (SP), essa massa liberada pelo Sol viaja a uma velocidade de mil quilômetros por hora e deve chegar à Terra nesta manhã.

No entanto, ainda não há como saber se ela provocará uma tempestade geomagnética e, caso isto ocorra, se terá tamanha intensidade a ponto de afetar equipamentos terrestres ou apenas provocará fenômenos como as auroras boreal e austral, um "show natural" de luzes coloridas que podem ser acompanhadas em regiões próximas aos polos Sul e Norte.
“A tempestade pode ser de dois tipos. Se a nuvem geomagnética estiver na mesma direção do campo magnético da Terra, os efeitos serão mais brandos e podem provocar apenas auroras. No entanto, se a nuvem de massa solar vier na direção oposta ao campo magnético terrestre, aí ocorrem tempestades geomagnéticas”, explicou Cecatto.
O fenômeno é medido em uma escala que vai de G1 a G5 – em que G5 é o nível mais forte. Ele não tem impacto direto sobre as pessoas nem sobre a natureza, mas pode afetar o funcionamento de satélites, GPS e redes de energia.
Além disso, a interferência causada pela radiação solar pode fazer com que algumas companhias desviem rotas de voos próximos aos polos.
“Essa nuvem não é uma das maiores já registradas, mas também não pode ser desprezada. Ela deve gerar alguns efeitos moderados no Brasil, como algumas perturbações na rede de distribuição de energia elétrica, de moderada intensidade. Os efeitos mais significativos podem ocorrer nas altas latitudes”, explica o pesquisador.
Os equipamentos do Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial, ligado ao Inpe, que estão instalados na cidade do interior paulista deverão acompanhar o fenômeno neste sábado.
Observatório de Dinâmica Solar, da Nasa, mostra erupções solares registradas nesta quinta-feira (11) e que liberou partículas devem atingir a Terra neste sábado (Foto: Divulgação/Nasa/SDO)


                                          Mancha de óleo na encosta da praia das Cigarras, em São Sebastião (SP)
A Petrobras Transporte S.A. (Transpetro), informou, em nota divulgada na noite desta sexta-feira (12), que o vazamento de óleo no mar de São Sebastião (197 km de São Paulo), no último dia 4, ocorreu por falhas no processo de inspeção dos equipamentos no píer do Terminal Almirante Barroso (Tebar).

Segundo a estatal, o problema ocorreu em uma tubulação que estava em fase de manutenção desde 22 de março. Antes de a tubulação voltar a funcionar, era necessário ter feito uma série de verificações para garantir a segurança do sistema.

Uma comissão de investigação criada pela estatal concluiu que o vazamento ocorreu porque a verificação não foi realizada e uma válvula da tubulação ficou aberta. A empresa afirma que iniciou processo interno para apurar as responsabilidades pelo ocorrido.
A Petrobras reafirma que a quantidade de óleo vazada foi de 3.500 litros (3,5 metros cúbidos) --quantidade questionada pela Prefeitura de São Sebastião-- e Segundo a prefeitura de São Sebastião, o óleo chegou a se espalhar por 11 praias, e o volume foi maior do que o anunciado pela Petrobras.  "Colocar mais de 300 homens nas praias, utilizar duas aeronaves e vários equipamentos de limpeza mecânica são evidências de que o volume do produto vazado foi superior ao divulgado."

Danos

O secretário de Meio Ambiente de São Sebastião, Eduardo Hipólito do Rego, destacou que a fazenda marinha no município --com criação de mexilhões e peixes-- foi completamente prejudicada pelo óleo. Ele ressaltou ainda que a poluição atingiu, além de pelo menos 11 praias da cidade, outros ecossistemas.
"Para nós, o indicador do número de praias não é suficiente, porque entre as praias, tem uma grande extensão territorial que é dominada por costões rochosos, que é tão importante quanto uma praia. Além de praia, nós temos ecossistemas costeiros importantes [que foram atingidos], como é o caso do costão, das restingas, dos jundus, e dos mangues", disse.
Por conta do derramamento, a pesca do camarão foi proibida na região.  "A pesca do camarão está proibida. Porém, as áreas onde ele está se reproduzindo são locais que foram contaminados. Como a gente vai dimensionar a futura safra do camarão, que é daqui a um ou dois meses?", indagou o secretário.

MP investiga

O Ministério Público instaurou inquérito civil para apurar os danos ambientais causados pelo vazamento de óleo. O responsável pela investigação é o promotor Alexandre Petry Helena, do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema).
Tebar opera há três anos sem licenciamento ambiental emitido pela Prefeitura de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. O complexo é o maior da América Latina e responsável por 55% de todo o petróleo e derivados consumidos no Brasil. (Com Agência Estado) a limpeza foi concluída na segunda-feira (8).

Ainda segundo a estatal, equipes de monitoramento permaneceram na região durante toda a semana, para conter e recolher eventuais resíduos trazidos pela maré.



Novo lançamento de míssil norte-coreano seria "enorme erro", dizem EUA


Arshad Mohammed e Jack Kim

Em Seul


O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, alertou na sexta-feira (12) a Coreia do Norte de que testar um míssil de médio alcance agora seria um "enorme erro", e que Washington jamais aceitaria o misterioso país comunista como uma potência nuclear.


Falando a jornalistas após reuniões com a presidente sul-coreana e com comandantes da força norte-americana de 28 mil militares na Coreia do Sul, Kerry disse também que cabe à China, única aliada relevante da Coreia do Norte, intensificar a pressão sobre Pyongyang para abandonar suas ambições nucleares.
Kerry, como outros funcionários dos EUA, minimizou um relatório da agência de inteligência do Pentágono em que especialistas avaliavam que Pyongyang já possui a capacidade de instalar armas atômicas em seus mísseis.
Em Washington, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, fez questão de frisar que "a Coreia do Norte não demonstrou capacidade de utilizar um míssil com armamento nuA Coreia do Norte disse que não abrirá mão do seu arsenal nuclear, ao qual o regime se referiu na sexta-feira como um "apreciado" garantidor da segurança.
A visita de Kerry a Seul coincide com preparativos do aniversário do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung, na segunda-feira. A data pode servir de pretexto para a Coreia do Norte fazer uma nova demonstração de força, e há especulações de que o país testaria um novo míssil.
Kerry - que ainda viaja no sábado para a China e no domingo para o Japão - disse que, se Kim Jong-un optar pelo lançamento, "estará escolhendo, propositalmente, ignorar toda a comunidade internacional".
"Eu diria de antemão que é um enorme erro para ele escolher fazer isso, porque irá isolar ainda mais o seu país e isolar ainda mais seu povo, que francamente está desesperado por comida, e não por lançamentos de mísseis."
Kerry disse que as ameaças norte-coreanas das últimas semanas são "simplesmente inaceitáveis sob qualquer padrão".
"Estamos todos unidos no fato de que a Coreia do Norte não será aceita como uma potência nuclear", afirmou.
A Coreia do Norte demonstra pouca inclinação pelo diálogo. O jornal Rodong Sinmmun, porta-voz do partido comunista local, disse que o país jamais abandonará o programa nuclear. "A RDPC (sigla oficial do país) vai segurar firme a apreciada espada das armas nucleares", escreveu a publicação.clear".
Kerry disse que os EUA desejam retomar as negociações a respeito de promessas anteriores da Coreia do Norte no sentido de suspender seu programa atômico.
Mas ele acrescentou que os EUA vão defender seus aliados na região se for necessário, e observou que o jovem líder norte-coreano Kim jong-un "precisa entender, como acho que provavelmente entende, qual seria o resultado de um conflito".


Forte terremoto deixa mortos em região de usina nuclear no sul do Irã


09/04/2013 09h24 - Atualizado em 09/04/2013 10h17

Um forte terremoto de magnitude 6,3 atingiu o sul do Irã nesta terça-feira (9), segundo o Serviço Geológico dos EUA.
O abalo matou três pessoas, segundo a TV estatal iraniana, que não deu mais detalhes.
O tremor ocorreu às 16h22 locais (8h52 de Brasília), a uma profundidade do 10 quilômetros, e a 89 quilômetros de Bushehr, onde fica a única usina nuclear iraniana.
O tremor foi sentido na usina, mas não houve danos à estrutura dela.
"O terremoto de modo algum afetou a situação normal no reator, o pessoal continua a trabalhar no regime normal, e os níveis de rediação estão completamente dentro do normal", disse uma autoridade da Atomstroyexport, empresa russa que construiu a usina, segundo a agência russa RIA.
Testemunhas afirmaram que o tremor foi sentido em Dubai, do outro lado do Golfo Pérsico, e em outras localidades.
Ele foi seguido por outro tremor, de 5,4, 13 minutos depois do primeiro.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/04/forte-terremoto-atinge-regiao-perto-de-usina-nuclear-no-sul-do-ira.html

 

Coreia do Norte recomenda que estrangeiros se preparem para deixar a Coreia do Sul

Do UOL, em São Paulo 09/04/201303h30 > Atualizada 09/04/2013      
 09h49

A Coreia do Norte recomendou nesta terça-feira (9) que estrangeiros que vivem na Coreia do Sul se preparem para deixar o país em caso de guerra, segundo a agência estatal de notícias norte-coreana. O alerta é o mais recente capítulo de uma intensa campanha de ameaças e hostilidades que o país comunista mantém desde de março.
"Caso haja guerra, não queremos que estrangeiros que vivem na Coreia do Sul fiquem feridos", informou comunicado transmitido pela agência de notícias KCNA. O documento recomenda que "todas as organizações internacionais, empresas e turistas se preparem para adotar medidas de evacuação".
"A península coreana está no caminho de uma guerra termonuclear", alertou o Comitê da Paz da Ásia-Pacífico da Coreia do Norte.
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, disse que as tensões na península podem escapar do controle. "O atual nível de tensão é muito perigoso. Um pequeno incidente causado por erro de cálculo ou erro de julgamento pode criar uma situação incontrolável", disse ele a jornalistas em Roma, onde encontrou-se com o presidente italiano, Giorgio Napolitano, e com o papa Francisco.
Na última sexta-feira (5), o regime de Kim Jong-un já havia aconselhado os funcionários das embaixadas estrangeiras em Pyongyang a abandonarem o país antes do dia 10, sob o argumento de uma suposta guerra iminente.
Hoje, parte dos 54 mil operários norte-coreanos do complexo industrial de Kaesong, único projeto de cooperação em vigor entre as Coreias do Sul e do Norte, não compareceu ao trabalho em cumprimento a ordens da Coreia do Norte.
A Coreia do Norte multiplicou as declarações belicosas depois que a ONU adotou novas sanções por supostos testes nucleares realizados pelo país. Também expressou irritação com as manobras militares conjuntas de Estados Unidos e Coreia do Sul em território sul-coreano.
No dia 30 de março, Pyongyang anunciou que se encontrava em "estado de guerra" com a Coreia do Sul, depois de ter rompido todas as comunicações diretas entre os governos e os exércitos dos dois países, no dia 27.
A tensão na península é grande desde dezembro, quando o Norte executou com sucesso um lançamento de foguete, considerado pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul como um disparo de teste de míssil balístico.
Em fevereiro, Pyongyang executou um terceiro teste nuclear, o que provocou a adoção, no início de março, de novas sanções pelo Conselho de Segurança da ONU.
Em protesto contra as manobras militares conjuntas realizadas por Coreia do Sul e Estados Unidos, o governo do Norte declarou nulo o armistício que interrompeu a guerra da Coreia em 1953 e ameaçou com um "ataque nuclear preventivo" contra alvos sul-coreanos e americanos.
Os governos da Coreia do Sul e Estados Unidos já alertaram Pyongyang sobre as severas repercussões de qualquer agressão. (Com agências internacionais).

 http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/04/09/coreia-do-norte-recomenda-que-estrangeiros-deixem-a-coreia-do-sul.htm


Rússia elogia EUA por adiamento de teste de míssil


08/04/2013 07h51 - Atualizado em 08/04/2013 08h11

'Me parece que os EUA fizeram um gesto muito importante', disse Putin.
Americanos adiaram teste em um mês para reduzir tensão nas Coreias.


Da France Presse

O presidente russo Vladimir Putin elogiou nesta segunda-feira (8) a decisão dos EUA de adiar um teste de míssil balístico intercontinental para reduzir a tensão com a Coreia do Norte"Me parece que os Estados Unidos fizeram um gesto muito importante. Adiaram um teste de míssil balístico. Devemos agradecê-los por este gesto", declarou o presidente russo em uma entrevista coletiva conjunta com a chefe de Governo da Alemanha, Angela Merkel, em Hanover "Espero que seja percebido por nossos sócios, inclusive a Coreia do Norte (...), que cada um se acalme e que todos trabalhem juntos na busca de uma solução aos diferentes problemas", completou. "Há um perigo? Sim, existe um com certeza", afirmou Putin sobre a escalada da crise com a Coreia do Norte. "A catástrofe de Chernobyl seria um conto infantil se comparado ao conflito", declarou. O governo dos Estados Unidos decidiu adiar para o próximo mês o teste do míssil balístico intercontinental Minuteman 3, com capacidade para transportar ogivas nucleares, pois o lançamento poderia ser "mal interpretado por alguns como uma tentativa de exacerbar a presente crise com a Coreia do Norte", afirmou uma fonte do Pentágono.
Coreias
A Coreia do Sul informou nesta segunda-feira (8) que não existem sinais de que a Coreia do Norte esteja preparando o quarto teste nuclear, depois de anunciar poucas horas antes que a atividade era intensa na principal unidade atômica norte-coreana.

"Há atividades, mas parecem ser atividades de rotina nas instalações de Punggye-ri, onde acontecem este tipo de teste", afirmou o porta-voz do ministério da DefO ministério da Unificação afirmou que outro teste não parece ser "iminente". O ministro da Unificação, Ryoo Kihl-jae, havia declarado a uma comissão parlamentar que Pyongyang parecia preparar para os próximos dias um lançamento de teste de míssil balístico, assim como um quarto teste nuclear. "Sim, há sinais de uma atividade pouco habitual ao redor da principal unidade norte-coreana de testes nucleares", disse. Em Haia, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu Coreia do Norte que não faça novas provocações. "A República Popular Democrática da Coreia não pode continuar assim, enfrentando e desafiando a autoridade do Conselho de Segurança e a comunidade internacional", disse. "Peço que se abstenham de adotar novas medidas de provocação", disse. "É um pedido urgente e honesto da comunidade internacional, que me inclui", declarou Ban após um encontro com o ministro holandês das Relações Exteriores, Frans Timmermans.esa, Kim Min-Seok.



Coreia do Sul diz que não há sinais de novo teste nuclear do Norte

08/04/2013 06h30 - Atualizado em 08/04/2013 08h45

Apesar disso, há atividades na principal unidade atômica norte-coreana.

Chefe da ONU pediu que Norte não faça novas provocações.

A Coreia do Sul informou nesta segunda-feira (8) que não existem sinais de que aCoreia do Norte esteja preparando o quarto teste nuclear, depois de anunciar poucas horas antes que a atividade era intensa na principal unidade atômica norte-coreana, segundo a France Presse.
"Há atividades, mas parecem ser atividades de rotina nas instalações de Punggye-ri, onde acontecem este tipo de teste", afirmou o porta-voz do ministério da Defesa, Kim Min-Seok. "Descobrimos que não houve movimentos incomuns que indicassem a realização de um teste nuclear."
O ministério da Unificação afirmou que outro teste não pO ministro da Unificação, Ryoo Kihl-jae, havia declarado a uma comissão parlamentar quePyongyang parecia preparar para os próximos dias um lançamento de teste de míssil balístico, assim como um quarto teste nuclear.
"Sim, há sinais de uma atividade pouco habitual ao redor da principal unidade norte-coreana de testes nucleares", disse.
Segundo a Reuters, o jornal Ilbo JoongAng, da Coreia do Sul, informou nesta segunda que a atividade na Coreia do Norte parece mostrar que o país se prepara para um quarto teste nuclear. "Há movimentos ativos recentes de homens e veículos no túnel sul em Punggye-ri", disse o jornal, citando uma fonte não identificada.
"Estamos monitorando, porque a situação é semelhante ao comportamento visto antes do terceiro teste nuclear", disse a autoridade do governo, segundo a reportagem. Não ficou claro, o funcionário disse ao jornal, se as atividades eram destinadas a iludir a vigilância dos EUA.
O teste nuclear da Coreia do Norte em 12 de fevereiro provocou sanções mais duras da ONU e desencadeou uma resposta hostil de Pyongyang.
ONU
Em Haia, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu Coreia do Norte que não faça novas provocações.
"A República Popular Democrática da Coreia não pode continuar assim, enfrentando e desafiando a autoridade do Conselho de Segurança e a comunidade internacional", disse.
"Peço que se abstenham de adotar novas medidas de provocação", disse.
"É um pedido urgente e honesto da comunidade internacional, que me inclui", declarou Ban após um encontro com o ministro holandês das Relações Exteriores, Frans Timmermans.arece ser "iminente".

Brasil não pode continuar "em cima do muro" em caso de guerra nas Coreias, dizem especialistas


5/4/2013 às 14h36 (Atualizado em 5/4/2013 às 19h39)

Marina Marquez, do R7, em Brasília

País precisa voltar a ter atuação forte nas relações internacionais se quiser cadeira no Conselho de Segurança da ONU.
Se o Brasil quiser mesmo se tornar um País relevante no mundo e nas relações internacionais e conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), não pode continuar "em cima do muro" e precisa se posicionar. O caso de uma guerra entre Coreia do Sul e Coreia do Norte, segundo especialistas ouvidos pelo R7, será uma boa oportunidade.
Nos últimos anos, o Brasil mudou um pouco a forma de atuar no cenário internacional. O governo do ex-presidente Lula teve uma incidDe acordo com o cientista político e mestre em resolução de conflitos internacionais da ESPM, Heni Ozi Cukier, que já trabalhou no Conselho de Segurança da ONU, essa postura atrapalha o País com intenção de ganhar mais importância entre os demais.
Cukier explica que "falta envolvimento com assuntos relacionados à guerra, paz ou segurança internacional". Para ele, já que o Brasil é isolado geograficamente,  deveria "participar dessas questões de forma ativa".
— Adotar uma posição de neutralidade é um grande erro para quem quer estar no Conselho de Segurança. O conselho não é um órgão que tem característica neutra. O objetivo dele é resolver conflitos, e ninguém resolve nada se estiver sempre em cima do muro.
Para o especialista da ESPM, essa posição "neutra" não mostra credibilidade e interesse em resolver o conflito.
— Se isentar de um posicionamento evita que o Brasil se exponha politicamente, com isso você cria menos desafetos na política internacional, é visto com bons olhos por todo mundo. No entanto, não é o tipo de atitude que se espera de alguém que quer ser um grande nome no órgão e no mundo.ência muito forte na política externa, diferentemente de Dilma Rousseff, que tem mostrado uma tendência maior de "neutralidade" para não se expor entre os países.Erros brasileiros
Cukier diz que o Brasil ter ficado "em cima do muro" nos últimos anos acabou se desdobrando em vários erros na política externa. Ele cita o caso da polêmica com o Irã, quando Brasil e Turquia se posicionaram contra os outros países do Conselho de Segurança sobre o programa nuclear iraniano.
Em 2010, o então presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, viajou ao Irã com o objetivo de conseguir um acordo sobre o desenvolvimento do programa nuclear do país. Ao lado de Rússia e Turquia, Lula tentou impedir a aplicação de sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) ao país.
Após as negociações, o Irã aceitou um acordo, que previa a troca de urânio de baixo enriquecimento por combustível enriquecido a 20%, que seria usado em um reator de pesquisas médicas em Teerã. O acordo também estipulava que houvesse supervisão de inspetores turcos e iranianos, nas operações.
Apesar disso, as potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos, acreditavam que o acordo seria apenas uma fachada para a tentativa de produção de armas atômicas.
Na opinião do especialista, o Brasil adotou "uma postura irresponsável" na época e "se mostrou como alguém que não tem crédito para ter um assento no conselho".
— Existe um processo em andamento de tratados internacionais que os países cumprem, inclusive o Brasil. Quando o Irã violou obrigações e o Brasil foi a público para anunciar um suposto acordo com o Irã, mostra uma ingenuidade e falta de responsabilidade do País. A prioridade deveria ser os tratados mais consolidados que existem nas relações internacionais e o Brasil se comportou de forma amadora.
Guerra nas Coreias
No caso de uma guerra entre Coreia do Sul e do Norte, Cukier espera que o Brasil mude a postura e seja firme com o que diz o direito internacional e com o que é a preocupação dos países hoje.
— Eu acho que o Brasil não vai apoiar ninguém, vai adotar uma posição de neutralidade. Mas se for se envolver, não pode entrar na contra mão questionando um processo claro por parte dos que são agressores e provocadores. Se o Brasil for tomar posição, precisa ser responsável entendendo o que está acontecendo e se posicionando com maturidade de dizer "eu seu o que é o problema, sei como funciona".





Congelamento do Mar Báltico fora de época bate recorde


05/04/2013 13h25 - Atualizado em 05/04/2013 14h24

Área de 176 mil km² está coberta de gelo no início da primavera.
Navios quebra-gelo abrem caminhos para permitir navegação.


No início desta semana, 176 mil quilômetros quadrados do Mar Báltico estavam cobertos por gelo, um recorde para esta época do ano, desde as primeiras medições feitas na década de 1960 pelo Instituto Meteorológico e Hidrológico da Suécia O período em que o gelo atinge o seu tamanho máximo geralmente acontece em janeiro. Em um mapa, isso significa que cerca de metade das partes centrais e do norte estão congeladas. Ao norte, o gelo é muito grosso e difícil de romper. Partes do sul do Mar Báltico também estão tomados por gelo, de Estocolmo até o arquipélago de Västervik. A Administração Marítima Sueca mantém todos os seus cinco navios quebra-gelo em atividade.


Navio Soderman navega no mar Báltico congelado (Foto: Anders Wiklund/Scanpix Sweden/AP)

Guerra nuclear nunca esteve tão próxima, dizem analistas sobre tensão nas Coreias

Península coreana está na região com o maior número de bombas atômicas do planeta.

A tensão militar na península coreana vai se agravar nos próximos dias, mas não deve causar um conflito armado, segundo especialistas entrevistados pelo R7. No entanto, eles alertam que uma guerra na região nunca esteve tão próxima. E caso isso aconteça, são grandes as chances de que as temidas bombas atômicas voltem a cair.



“A região é um barril de pólvora”, afirma o especialista em Ásia Argemiro Procópio, professor de relações internacionais da Universidade de Brasília.
— A Coreia do Norte está em uma região que é a mais armada com bomba atômica do mundo.
Além da Coreia do Norte, outros quatro países próximos possuem armamento nuclear: China, Rússia, Índia e Paquistão. O barril fica ainda mais cheio com o arsenal atômico dos Estados Unidos, que se mostram dispostos a defender a todo custo aliados como Japão e Coreia do Sul.
Os especialistas em segurança internacional não acreditam que uma guerra real venha a eclodir, já que as ameaças do ditador norte-coreano Kim Jong-un são um recurso corriqueiro na política externa do país: o regime fala muito, mas não faz nada. Foi assim durante os 17 anos de governo de Kim Jong-il (1994-2011), pai do atual líder.
No entanto, as ameaças desta vez trazem dois ingredientes novos — e perigosos: não há muitas informações sobre o jovem Kim Jong-un, que tem menos de 30 anos e vem enfrentando problemas desde a morte de seu pai para se firmar no poder e conquistar a elite política e militar do país.
Além disso, a Coreia do Norte rasgou no fim de semana seus acordos de não agressão com o vizinho do Sul — algo que não ocorreu em 60 anos de cessar-fogo.
“A Coreia do Norte sempre ameaça, mas acaba não concretizando [as ameaças]. A novidade agora é que ninguém conhece Kim Jong-un enquanto líder, então existe um risco a mais”, afirma Bernardo Wahl Gonçalves de Araújo Jorge, professor de relações internacionais da FAAP.
— Por causa dessas incertezas, a possibilidade de conflito é um pouco maior.
Além do barulho, o jogo de ameaças de Jong-un deixa claro uma certeza: as armas nucleares estão sobre a mesa. É o que avaliam os analistas em segurança internacional Keir A. Lieber e Daryl G. Press, em artigo publicado na revista especializada Foreign Affairs.
— A atual crise aumentou substancialmente o risco de um conflito convencional, e qualquer guerra tradicional com a Coreia do Norte corre o risco de se tornar nuclear.
Considerando o nível de tensão a que a península chegou, “é provável que uma falha de comunicação, um disparo, ou outro acontecimento, leve a um conflito”, afirma Araújo Jorge.
— E um conflito convencional pode causar uma escalada que leve a um conflito nuclear. Embora esse risco seja remoto, ele deve ser levado em consideração. Em razão disso, Lieber e Press alertam que, apesar de o objetivo dos EUA seja impedir a guerra, “é igualmente importante tomar medidas para diminuir os riscos de uma escalada nuclear, no caso de uma guerra real acontecer”.


Coreia do Norte coloca China em posição difícil, avalia analista

02 de Abril de 2013 


Alfredo Valladão
Em sua crônica semanal, o cientista político Alfredo Valladão explica que o líder da Coreia do Norte intensificou suas provocações para reforçar o seu poder interno e ao mesmo tempo chantagear Pequim com a ameaça de desestabilizar toda a região.
Essas provocações podem parecer para muitos somente ameaças vazias, mas deixam o novo governo chinês em posição delicada. O presidente Xi Jinping já deu mostras de suas próprias ambições de domínio militar na região. Os arroubos norte-coreanos fornecem aos Estados Unidos e seus aliados asiáticos um bom pretexto para manter uma presença naval americana na área e contrabalançar assim a agressividade chinesa.
"Xi Jinping está enfrentando o seu primeiro teste estratégico. Ou ele mostra que pode finalmente resolver a velha e perigosa pendenga norte-coreana, ou vai ter que enfrentar uma aliança cada vez mais organizada entre os Estados vizinhos e os Estados Unidos", analisa Alfredo Valladão. 
 O líder da Coreia do Norte, Kim-Jong-un, defende a ampliação do arsenal nuclear do país e coloca seu principal aliado, a China, em posição delicada.
REUTERS/KCNA.
 
 
 
 http://www.portugues.rfi.fr/geral/20130402-coreia-do-norte-coloca-china-em-posicao-dificil-avalia-analista