EUA defenderão Japão contra Coreia do Norte, diz secretário de Estado

14/04/2013 - 08h58
DA AFP


O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou neste domingo (14) que os Estados Unidos estão "totalmente determinados a defender o Japão", que foi alvo de ameaças nucleares por parte da Coreia do Norte.
Kerry chegou neste domingo ao Japão para conversar sobre as tensões nucleares na Península Coreana.
O secretário de Estado dos EUA se reúne com o chanceler japonês Fumio Kishida em Tóquio, que posicionou mísseis Patriot em torno da capital para fazer frente a um eventual lançamento de mísseis norte-coreanos.
Esta é a última etapa do giro asiático de Kerry, que reiterou, na Coreia do Sul, o apoio de Washington a Seul.
No sábado, em visita a Pequim, Kerry conseguiu um apoio crucial da China para buscar uma distensão na crise.
"Tratar adequadamente o problema nuclear coreano serve ao interesse comum de todas as partes", afirmou o conselheiro de Estado da China, Yang Jiechi.
Nem Yang nem Kerry deram detalhes de medidas concretas, mas o secretário norte-americano disse que outras discussões serão mantidas para saber como alcançar o objetivo.
A China é a única aliada importante da Coreia do Norte e seu fornecedor-chave de ajuda e comércio. As autoridades chinesas têm influência sobre o governo do ditador Kim Jong-Un, que ameaçou em várias oportunidades dar início a uma guerra nuclear.
TESTES
Em um ano, Pyongyang disparou dois mísseis (um deles, em dezembro, foi bem sucedido), considerados pelas potências ocidentais como testes de mísseis balísticos encobertos. O país ainda realizou a um teste nuclear (em 12 de fevereiro), o que lhe valeu novas sanções da ONU, motivo das novas ameaças norte-coreanas.
Ignorando as advertências de seu vizinho e aliado chinês, o Norte posicionou em seu litoral oriental dois mísseis Musudan, com um alcance teórico de 4.000 km. O artefato poderia chegar ao território japonês, sul-coreano e inclusive na ilha de Guam, no Pacífico, onde os Estados Unidos têm bases navais e aéreas.
O possível disparo de um míssil poderá acontecer em torno em 15 de abril, dia do aniversário do nascimento do fundador da dinastia comunista, Kim Il-Sung, segundo os especialistas.
Para apaziguar a situação, os Estados Unidos cancelaram na semana passada o disparo de teste de um míssil balístico intercontinental da Califórnia, o Minuteman 3. Com o mesmo espírito, Kerry desistiu de visitar na Coreia do Sul a localidade fronteiriça de Panmunjom, onde foi assinado o armistício que pôs fim à Guerra da Coreia (1950-1953).



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