Sebastião Salgado traz a natureza intocada de Gênesis ao Rio

Exposição reúne 245 imagens que capturam regiões mais remotas da Terra.
Trabalho de fotojornalismo é resultado de oito anos de viagens. 

Luís Bulcão Do G1 Rio

É uma espécie de psicologia inversa. Ao invés de mostrar geleiras derretendo, usinas soltando fumaça e animais banhados em petróleo, Sebastião Salgado desperta de um hiato de mais de dez anos sem exposições grandiosas para alertar sobre os mais graves problemas ambientais focando justamente naquilo que ainda há de belo e de intocado. O objetivo do fotojornalista é invocar a percepção de que ainda há muito a ser salvo em um planeta que insiste em preservar paisagens e vidas exuberantes apesar de toda a degradação proporcionada pela ação humana.
Gênesis, a nova mostra fotográfica de Salgado, chega ao Rio na quarta-feira (29) com 245 imagens capturadas em oito anos de viagens aos recantos mais selvagens do planeta. A exposição ficará até o dia 26 de agosto no Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico e depois vai para São Paulo, onde abre, no Sesc Belenzinho, no dia 4 de setembro.
A jornada para a composição de Gênesis, que foi inaugurada no Museu de História Natural de Londres em abril, começou em 2004 e durou até 2012. Salgado realizou 30 viagens utilizando aviões de pequeno porte, helicópteros, barcos e canoas para atingir os pontos mais remotos do planeta. Consagrado pelas exposições Trabalhadores (1986-1992) e Êxodos 1994-1999), o fotojornalista mantém na nova mostra sua característica mais marcante. As imagens são congeladas em preto e branco, aguçando as texturas e os contrastes em cenas impressionantes.
Com curadoria de Lélia Wanick Salgado, Gênesis é organizada em cinco seções, priorizando os diferentes ecossistemas visitados pelo fotógrafo.
 Pinguins-de-barbicha (Pygoscelis antarctica) se atiram de icebergs localizados entre as ilhas Zavodovski e Visokoi, nas Ilhas Sandwich do Sul, mergulhando no Atlântico Sul. (Foto: Sebastião Salgado/Divulgação)


É uma espécie de psicologia inversa. Ao invés de mostrar geleiras derretendo, usinas soltando fumaça e animais banhados em petróleo, Sebastião Salgado desperta de um hiato de mais de dez anos sem exposições grandiosas para alertar sobre os mais graves problemas ambientais focando justamente naquilo que ainda há de belo e de intocado. O objetivo do fotojornalista é invocar a percepção de que ainda há muito a ser salvo em um planeta que insiste em preservar paisagens e vidas exuberantes apesar de toda a degradação proporcionada pela ação humana.
Gênesis, a nova mostra fotográfica de Salgado, chega ao Rio na quarta-feira (29) com 245 imagens capturadas em oito anos de viagens aos recantos mais selvagens do planeta. A exposição ficará até o dia 26 de agosto no Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico e depois vai para São Paulo, onde abre, no Sesc Belenzinho, no dia 4 de setembro.
A jornada para a composição de Gênesis, que foi inaugurada no Museu de História Natural de Londres em abril, começou em 2004 e durou até 2012. Salgado realizou 30 viagens utilizando aviões de pequeno porte, helicópteros, barcos e canoas para atingir os pontos mais remotos do planeta. Consagrado pelas exposições Trabalhadores (1986-1992) e Êxodos 1994-1999), o fotojornalista mantém na nova mostra sua característica mais marcante. As imagens são congeladas em preto e branco, aguçando as texturas e os contrastes em cenas impressionantes.
Com curadoria de Lélia Wanick Salgado, Gênesis é organizada em cinco seções, priorizando os diferentes ecossistemas visitados pelo fotógrafo.

Em Planeta Sul, Salgado mostra as paisagens da Antártica, englobando a Península Valdés, as Ilhas Malvinas, o arquipélago Diego Ramirez e as Ilhas Sandwich. O mundo gelado do sul da parte meridional da Terra serve de habitat para pinguins, leões marinhos, baleias, albatrozes, pétreis-gigantes e cormorões.
A seção Santuários se concentra na singularidade de lugares como as Ilhas Galápagos, Nova Guiné, Sumatra e Madagascar. Paisagens vulcânicas, populações anciãs e a peculiaridade da fauna intocada dão o tom da amostra.
Em África, Salgado captura a vida selvagem do continente em países como Botswana, em Ruanda, no Congo e em Uganda. Tribos da Etiópia e do Deserto Kalahari também são destacadas. Nessa seção, também são enfatizados os desertos da Líbia e da Nigéria.
O extremo norte da América e da Rússia aparecem na seção Terras do Norte. Além dos ursos polares, é se destacam os registros da tribo Nenet, no norte da Sibéria, que resiste às mais baixas temperaturas do Pólo Norte.
A diversidade biológica dos trópicos aparecem na seção Amazônia e Pantanal. Além da flora e fauna exuberante, Salgado registra tribos isoladas do pantanal à região do Rio Xingu.
Serviço:
Data: de 29 de maio a 26 de agosto (das terças-feiras aos domingos)
Horário: das 9h às 17h.
Local: Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico (Rua Jardim Botânico, 1008, Rio de Janeiro)

 
Na região da Bacia do Xingu, no Mato Grosso, um grupo de indígenas Waurá pesca na lagoa Piyulaga, perto da aldeia. (Foto: Sebastião Salgado/Divulgação)

 http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/05/sebastiao-salgado-traz-natureza-intocada-de-genesis-ao-rio.html

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