Sexta-feira, 12 de julho de 2013 às 14:40
A presidenta Dilma Rousseff defendeu, nesta sexta-feira (12), durante
a XLV Reunião de Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, uma agenda
competitiva para o bloco com acordos comerciais com outros países da
América do Sul e outras regiões, como Europa e África. A presidenta
ainda lembrou que o comércio entre os estados membros cresceu 12 vezes
desde a criação do mercado comum, passando de US$ 4,5 bilhões, no início
da década de 1990, para US$ 58 bilhões.
“Nossos críticos esquecem que, desde o início dos anos 1990, nosso intercâmbio comercial multiplicou-se mais de 12 vezes. (…) Tenho certeza que nós devemos valorizar o Mercosul, porque diante, tanto dos momentos de expansão, quanto dos de crise, o Mercosul é o melhor caminho para o fortalecimento dos nossos países, para o desenvolvimento de nossas economias e para a afirmação da cidadania de nossos países”, afirmou Dilma.
Mais cedo, o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota,
anunciou que Guiana e Suriname passam a ser estados associados do
Mercosul, juntamente com Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru. Os
membros plenos do bloco são Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela. O
Paraguai está temporariamente suspenso, mas deve recuperar o status de
membro pleno em agosto, com a posse do presidente eleito Horacio Cartes.
“Quero saudar o fato de o Mercosul passar por um importante momento de ampliação de sua área de abrangência. (…) O ingresso efetivo da Venezuela no bloco, além de aportar ganhos econômicos, ganhos de escala, reforça a dimensão política, a dimensão estratégica do bloco. (…) Todos os países da América do Sul passam a participar, de uma forma ou de outra, do Mercosul. Temos, porém, uma tarefa importante a realizar. E aí eu me refiro ao regresso do Paraguai, sócio fundador do Mercosul. (…) O Paraguai e o povo paraguaio são partes essenciais do destino do Mercosul. Queremos tê-los de volta”, destacou.
Dilma se solidarizou com o presidente boliviano Evo Morales, que foi
impedido por alguns países europeus de fazer escala no retorno de viagem
à Rússia no início do mês. Ela afirmou ainda que as denúncias de que
comunicações eletrônicas e telefônicas de cidadãos e instituições de
países da América Latina estão sendo objeto de espionagem por órgãos de
inteligência ferem a soberania e o direito a privacidade.
“Defendemos que a soberania, a segurança de nossos países, a privacidade de nossas comunicações, a privacidade de nossos cidadãos, a privacidade de nossas empresas, devem ser preservadas, e esse é o momento de demonstrar um limite para o Mercosul. O governo e o povo brasileiro não transigem com sua soberania, como eu tenho certeza, os governos e os povos que integram o Mercosul não transigem com a deles. (…) Queria também saudar a decisão de afirmação no âmbito do Mercosul do direito ao asilo”, completou.
Leia na integra no link abaixo:
http://blog.planalto.gov.br/ao-vivo-dilma-participa-de-reuniao-de-cupula-do-mercosul-em-montevideu/
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