26/07/2013 - 15h38
MARIANA SCHREIBER
DE BRASÍLIA
Atualizado às 16h09.
A economia do governo central --Tesouro, Banco Central e INSS-- para pagar juros da dívida, o chamado superavit primário, somou R$ 34,4 bilhões no primeiro semestre, valor 28,3% menor que no mesmo período do ano passado (R$ 48 bilhões).
Apenas no mês de junho, ficou em R$ 1,275 bilhão, 13,7% maior que o do mesmo mês de 2012 (R$ 1,121 bilhão). Na comparação com maio de 2013 (R$ 5,960 bilhões), porém, houve uma forte queda de 79%.
O compromisso atual do governo federal é economizar R$ 73,1 bilhão em 2013. O valor inclui um abatimento de R$ 45 bilhões da meta original --relativos a gastos com investimentos e perdas de receitas com desonerações-- e um valor adicional de R$ 10 bilhões para compensar uma provável economia menor de Estados e municípios. A previsão original é que os governos regionais façam um superavit primário de R$ 47,8 bilhões neste ano.
Esses R$ 10 bilhões a mais que o governo se comprometeu a economizar foram anunciados na segunda-feira com objetivo de recuperar a confiança do mercado na política econômica. O problema é que a maior parte dos cortes é na verdade adiamento de gastos.
O superavit primário serve para pagar os juros da dívida pública, evitando seu descontrole. Além disso, ele também é importante para limitar a expansão dos gastos públicos, tirando pressão sobre a inflação.
INVESTIMENTOS
Apesar de a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sempre insistirem que os gastos com investimentos são prioritários dentre do governo, essa despesa cresceu apenas 1% na primeira metade deste ano ante o mesmo período do ano passado, somando R$ 33,2 bilhões. O crescimento é bastante inferior ao ritmo de expansão das despesas em geral, que cresceram 12,9% em igual período, para R$ 428,4 bilhões.
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