Trabalhadores retornam ao trabalho nos canteiros de Belo Monte

28/08/2012 13h13 - Atualizado em 28/08/2012 13h16

Após decisão do STF, operários voltaram às frentes de trabalho.
Obras estavam paradas desde 14 de agosto.

Trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Belo Monte retornaram as atividades nesta terça-feira (28). Cerca de 10 mil funcionários voltaram ao trabalho às 5h30 da manhã nos três canteiros de obras da usina, que está sendo construída no rio Xingu, em Altamira, no sudoeste do Pará. 

A retomada da construção hidrelétrica foi possível após o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto, conceder na última segunda-feira (27) uma liminar autorizando a continuidade dos trabalhos. A paralisação havia sido determinada do dia 14 de agosto, pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Segundo o desembargador do TRF-1, Souza Prudente, os povos indígenas da região teriam que ser consultados sobre a construção da usina. Na semana passada, a Advocacia-Geral da União(AGU) apresentou recurso ao STF afirmando que a paralisação da obra causa danos à economia brasileira e à política energética do país.
Entenda o caso
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte está sendo construída no rio Xingu, em Altamira, no sudoeste do Pará, com um custo previsto de R$ 25 bilhões.
O projeto tem grande oposição de ambientalistas, que consideram que os impactos para o meio ambiente e para as comunidades tradicionais da região, como indígenas e ribeirinhos, serão irreversíveis.
A obra também enfrenta críticas do Ministério Público Federal do Pará, que alega que as compensações ofertadas para os afetados pela obra não estão sendo feitas de forma devida, o que poderia gerar um problema social na região do Xingu.
 Expediente começou às 5h30 da manhã (Foto: Divulgação/ Norte Energia)

Fonte:  http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2012/08/trabalhadores-retornam-ao-trabalho-nos-canteiros-de-belo-monte.html

 

Furacão Isaac toca a terra no sudeste da Louisiana


28/08/2012 21h24 - Atualizado em 28/08/2012 22h55 

Fenômeno chega ao estado sete anos depois do destruidor Katrina.
Guarda Nacional está mobilizada na região, e comporta foi fechada.

O furacão de categoria 1 Isaac tocou a terra nesta terça-feira (28) no sudeste da Louisiana, que se encontra em estado de emergência, a uma velocidade de 128 km/h.
O Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos confirmou a chegada do centro de Isaac a essa região, onde se encontra Nova Orleans, a poucas horas que se complete o sétimo aniversário do passagem do devastador Katrina.
Segundo o centro, o furacão está localizado a cerca de 15 km a sudeste da foz do rio Mississipi e a cerca de 140 km de Nova Orleans, com ventos máximos de 130 km/h.
A tempestade tropical Isaac se fortaleceu e virou um furacão de categoria 1 perto da costa sul dos Estados Unidos nesta terça, enquanto rumava em direção à terra firme.

  Moradores são atingidos por fortes ondas com a aproximação do furacão em Baton Rouge, na Louisiana (Foto: AP)


Os ventos, chuvas e tempestades do Isaac podem representar um grande teste para o novo sistema de controle de inundações e os diques reforçados de Nova Orleans.
"Estamos oficialmente no combate e a cidade de Nova Orleans está na linha de frente", afirmou o prefeito de Nova Orleans, Mitch Landrieu, a repórteres.
Com fuzis automáticos para afastar qualquer ameaça de saques, as tropas da Guarda Nacional do Exército chegaram em veículos militares e tomaram posições em ruas quase desertas. Elas chegaram junto com a chuva e os ventos fortes, que começaram a atingir o famoso bairro francês da cidade.

 Mais cedo, o Corpo de Engenharia do Exército começou a fechar pela primeira vez a nova comporta da maior barreira contra tempestades do mundo, no Lago Borgne, a leste de Nova Orleans.

Empresas de energia esvaziaram plataformas de petróleo em alto mar e fecharam refinarias da Costa do Golfo, já que a tempestade ameaça atingir o cinturão de refino de petróleo.
Convenção republicanaTampa, na Flórida, onde teve início a Convenção Nacional Republicana na segunda-feira, foi poupada do Isaac.
Mas o furacão forçou líderes do partido a reformular a programação e eles talvez tenham que revisar novamente a agenda para que não estejam comemorando a nomeação de Mitt Romney como candidato presidencial do partido enquanto moradores da Costa do Golfo passam por dificuldades na tempestade.
O presidente norte-americano, Barack Obama, demonstrou suas preocupações em uma declaração da Casa Branca. "Estamos lidando com uma grande tempestade e pode haver enchentes significativas e outros danos ao longo de uma enorme área."
"Agora não é o momento de desafiar o destino", acrescentou, afirmando que as pessoas deveriam prestar atenção em alertas e sair das cidades se assim forem instruídas pelas autoridades.
Isaac mantém Nova Orleans em alerta, enquanto a cidade ainda luta para se recuperar do furacão Katrina, que devastou a região em 29 de agosto de 2005, matando mais de 1.800 pessoas e causando bilhões de dólares em danos.



http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/08/furacao-isaac-toca-terra-no-sudeste-da-louisiana-x.html

Estudo mostra como aproveitar fontes renováveis para gerar energia elétrica

Em um país onde predomina a geração de energia em usinas hidrelétricas, um novo estudo do WWF-Brasil demonstra que seria possível aumentar em pelo menos 40% a participação de três fontes renováveis alternativas — eólica, biomassa e PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) nos leilões de energia nova.

O estudo, intitulado Além de grandes hidrelétricas: políticas para fontes renováveis de energia elétrica no Brasil foi lançada na quarta-feira, 15 de agosto, durante o 8º. Congresso Brasileiro de Planejamento Energético, em Curitiba (PR). Dados do trabalho demonstram que a participação de cada uma dessas fontes alternativas poderia crescer no mínimo 10% nas avaliações mais pessimistas (veja comparativos adiante).

“O Brasil ainda explora muito pouco de seu grande potencial de geração de eletricidade por fontes alternativas renováveis”, afirma Carlos Rittl, coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil. “Esse levantamento prova que, com alguns incentivos, é totalmente possível fazermos uma revolução na matriz energética brasileira nas próximas décadas”, ressalta.

Gilberto de Martino Jannuzzi, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do International Energy Initiative para a América Latina (IEI–LA), que supervisionou o trabalho, afirmou que o país dispõe de fontes alternativas com alto potencial de produção, e existe uma tendência de queda dos preços dessas fontes nos próximos leilões. “O futuro não está mais em grandes projetos hidroelétricos e muito menos no uso continuado de fontes fósseis”, garante o professor. “Há formas de tornar as fontes alternativas ainda mais competitivas, por meio da criação de novos subsídios ou do redirecionamento dos já existentes, mas que estão atualmente voltados a viabilizar as fontes fósseis.”

As páginas do novo estudo do WWF-Brasil mostram como o país pode incentivar o aumento da participação das fontes eólica, biomassa, PCHs e solar fotovoltaica, que, se bem planejadas, provocam impactos ambientais muito menores em relação às grandes hidrelétricas, sem significar aumento de custos. Também estão relatadas comparações com outros países, como a Alemanha, a Espanha e o Japão, e recomendações para a construção de políticas públicas no setor.

Além da supervisão de Januzzi, o trabalho contou com a coordenação do professor Paulo Henrique de Mello Sant’Ana, da Universidade Federal do ABC (UFABC) e do IEI-LA, que apresentou e detalhou o estudo num painel do Congresso, na capital paranaense. “No planejamento energético do Brasil, podemos fixar metas de expansão para fontes alternativas no sistema interligado nacional, associadas ao estímulo à geração distribuída, além de adaptação ou de substituição dos mecanismos de fomento já existentes”, relata Sant’Ana.

Os vários números compilados revelam o grande gap existente entre o potencial brasileiro de geração de eletricidade das fontes alternativas e a capacidade instalada e outorgada no país. Para se ter uma ideia, dos 2.400 empreendimentos de geração de energia elétrica em operação em 2011, apenas 777 usavam fontes renováveis que, juntas, podiam produzir 12,3 milhões de kW.

Em termos comparativos, somente a energia eólica já apresentava, em 2001, um potencial de geração de energia elétrica de 143 milhões de kW. Passados 11 anos, estima-se, em 2012, um potencial de 300 milhões de kW de energia gerada pelo vento, um total que é superior ao dobro da capacidade total instalada no Brasil, atualmente de mais de 114 milhões de kW, considerando-se todas as fontes geradoras.

Pensando-se no potencial de geração da energia solar, se o lago de Itaipu fosse coberto hoje com painéis fotovoltaicos, a geração ao ano seria de 183 TWh, que é o dobro de toda a energia que aquela usina produziu só em 2011 (92,24 TWh).

Outra fonte com potencial subaproveitado é a biomassa com uso de cana-de- açúcar. De 440 usinas desse tipo em atividade no Brasil, só 100 delas comercializam o excedente para o Sistema Elétrico Nacional. O potencial de geração de eletricidade estimado só para esta fonte era de 14 milhões de kW em 2009.

Com relação aos custos de produção, o material do WWF-Brasil também revela que existe no Brasil uma tendência de queda nos próximos 10 a 15 anos das fontes eólica, biomassa (cana-de-açúcar), enquanto, no mesmo período, há tendência de elevação dos custos das usinas hidrelétricas.

“A conclusão é clara: o potencial dessas fontes é imenso e pouco aproveitado. Havendo vontade política, o governo brasileiro tem como promover as ações sugeridas no documento e, assim, atender a uma significativa parte das demandas de eletricidade do país a partir de fontes limpas e de baixo impacto ambiental”, conclui Carlos Rittl.

 http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?32142
 

Tufão se dirige para península coreana após ferir 7 no Japão

27/08/2012 02h10 - Atualizado em 27/08/2012 07h10

O poderoso tufão "Bolaven" se dirige nesta segunda-feira (27) em direção à península coreana após atravessar o sudoeste do Japão onde deixou sete feridos, cortes de energia em milhares de lares, voos cancelados e interrupções no transporte, informou a televisão local "NHK".
A Agência de Meteorologia japonesa mantém hoje o alerta máximo nas ilhas de Okinawa e Kyushu (sudoeste japonês) após a passagem na noite de domingo do tufão, um dos mais fortes dos últimos 50 anos, que percorreu as ilhas com ventos de cerca de 160 km/h, fortes chuvas e marés.
No domingo (26), 780 pessoas foram evacuadas nas províncias sulinas de Okinawa e Kagoshima, enquanto cerca de 75 mil casas permaneciam no começo desta segunda-feira ainda sem eletricidade, segundo a "NHK".

 Ondas altas atingem Yonabarucho, em Okinawa, Japão neste domingo (26) (Foto: Reuters)

As escolas, institutos e universidades de Okinawa fecharam suas portas perante o alerta de chuvas previstas também para hoje, já que a agência meteorológica previu até 400 milímetros de precipitações nas ilhas e tempestades que poderiam causar inundações.
Após sua passagem pelo Japão, o "Bolaven", que avança a uma velocidade de 20 km/h, continua seu rumo através do Mar da China Oriental e se espera que atinja a península coreana nas próximas horas.
As autoridades sul-coreanas pediram aos governos locais que tomem todas as medidas de prevenção possíveis e se preparem para o pior cenário possível, ao tratar-se de um tufão "extremamente forte" capaz de movimentar rochas muito grandes, informou a agência sul-coreana "Yonhap".

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/08/tufao-se-dirige-para-peninsula-coreana-apos-ferir-7-no-japao.html


 

Tempestade Isaac deixa dois mortos e 12.900 evacuados na República Dominicana


Ao menos duas pessoas morreram afogadas e 12.900 se viram obrigadas a deixar suas casas na R.Dominicana por causa das chuvas associadas à tempestade tropical "Isaac", que continua afetando o país, informaram neste domingo várias fontes.
A imprensa local reportou a descoberta hoje dos cadáveres de dois homens que desapareceram no sábado após serem arrastados pelas enchentes de dois rios em dois municípios.
As vítimas são o ex-prefeito da cidade de Villa Altagracia, Pedro Peralta, que morreu afogado quando tentava atravessar um rio para ir para casa, e Arístides Alcántara, encontrado no rio Yaguasa, em Santo Domingo Norte, detalhou em sua página online o jornal "Listin Diario".
Já o Centro de Operações de Emergências (COE) reportou que 12.900 pessoas foram deslocadas, embora só 1.090 delas estejam nos abrigos oficiais já que, segundo o relatório, o restante estaria na casa de familiares e amigos.
O boletim do organismo, que reduziu hoje para 19 o número de províncias em alerta máximo e subiu para 13 as demarcações em alerta intermediário, também divulgou que 864 casas foram afetadas pelo fenômeno atmosférico, cujas intensas chuvas deixaram incomunicáveis 90 cidades em várias províncias do país.
Isto, segundo a entidade, devido à enchente dos rios e à invasão do mar, como é o caso de Pedernales, uma das zonas mais castigadas pela tempestade, que também provocou o colapso total do sistema elétrico em algumas regiões - entre elas, a província de Monte Plata.
"Isaac", que também chegou ao vizinho Haiti, onde deixou pelo menos seis mortos, tende a se fortalecer hoje à medida que se afasta de Cuba a caminho da região de Florida Keys e teme-se que depois entre no Golfo do México em forma de furacão, o que pôs em alerta grande parte do litoral sul dos Estados Unidos, incluindo Nova Orleans.
Foi o que informou o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA em seu boletim das 12h (de Brasília), que situou a cerca de 130 quilômetros de Key West (Flórida) e 180 quilômetros de Havana.

Fonte:  http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/efe/2012/08/26/tempestade-isaac-deixa-dois-mortos-e-12900-evacuados-na-rdominicana.htm

Península Antártica começou a esquentar há 600 anos

23/08/201210h58

As temperaturas na Península Antártica começaram a subir naturalmente há 600 anos, bem antes de a humanidade passar a provocar mudanças climáticas, disseram cientistas em um estudo publicado nesta quarta-feira, que ajuda a explicar recentes colapsos de enormes banquisas de gelo.
O estudo diz que o atual ritmo de aquecimento, de 2,6 graus Celsius por século, é "excepcional", mas não inédito.
"Quando o recente aquecimento excepcional começou, as banquisas da Península Antártica já estavam fadadas aos dramáticos rompimentos observados a partir da década de 1990", disse a Pesquisa Antártica Britânica, que comandou o estudo publicado na revista Nature.
O aquecimento decorrente de variações naturais, talvez afetando ventos e correntes oceânicas, começou há 600 anos, tornando as banquisas --pedaços de gelo flutuando no mar em torno da península-- vulneráveis a um aquecimento cada vez mais forte a partir de 1920.
Nos últimos anos, vários blocos de gelo despencaram ao redor da península, inclusive as banquisas Larsen A e B e a Wilkins. Cerca de 25 mil quilômetros quadrados de gelo se perderam, mais ou menos o tamanho do Haiti.
Cientistas ligados à ONU consideram que as emissões de gases do efeito estufa pela queima de combustíveis fósseis, a partir da Revolução Industrial (século 18), contribuem de forma decisiva para as alterações climáticas no planeta, responsáveis por secas, inundações e elevações do nível dos mares.
"O que estamos vendo é consistente com o aquecimento induzido pelos humanos, somando-se ao natural", disse à Reuters o cientista coordenador do estudo, Robert Mulvaney. Ele alertou que o trabalho, feito em conjunto com especialistas da Austrália e da França, abrange apenas uma pequena parte da Antártica.
Os cientistas perfuraram um buraco de 364 metros no gelo da ilha James Ross, ao norte da península, para estudar as pistas sobre as temperaturas nos últimos 15 mil anos.
A perda das banquisas não contribui para a elevação dos mares, pois esse gelo já faz parte do oceano. Mas, sem a contenção delas, as geleiras em terra podem começar a deslizar mais rapidamente para o mar, agregando água ao oceano e causando sua elevação no mundo todo.
(Reportagem de Alister Doyle)


 http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/reuters/2012/08/23/peninsula-antartica-comecou-a-esquentar-ha-600-anos.htm

O que é meio ambiente?


Ecologia:
"Ciência que estuda a dinâmica dos Ecossistemas, ou seja, os processos e as interações de todos os seres vivos entre si e destes com os aspectos morfológicos, químicos e físicos do ambiente, incluindo os aspectos humanos que interferem e interagem com os sistemas naturais do planeta.”
Dicionário Brasileiro de Ciências Ambientais (Lima-e-Silva, 2000).
Meio ambiente:
“Conjunto de fatores naturais, sociais e culturais que envolvem um indivíduo e com os quais ele interage, influenciando e sendo influenciado por eles.”
Dicionário Brasileiro de Ciências Ambientais (Lima-e Silva, 2000).
“Meio Ambiente é tudo o que tem a ver com a vida de um ser (plantas, animais, pessoas) ou de um grupo de seres vivos. (...) os elementos físicos, vivos, culturais e a maneira como esses elementos são tratados pela sociedade.”
Meio Ambiente - A Lei em Suas Mãos. (Neves e Tostes, 1992).
O meio ambiente não é visto apenas como a natureza intocada, um pedaço da Terra onde o ser humano é separado da natureza, mas como qualquer espaço, mesmo onde há a interação com o ser humano, suas modificações ao meio, sua cultura. A espécie humana é mais uma espécie fazendo parte do conjunto das espécies vivas da Terra.
Na literatura são encontradas algumas definições:
“Aquilo que cerca ou envolve os seres vivos ou as coisas” (Dicionário Aurélio);
“Conjunto de fatores naturais, sociais e culturais que envolvem um indivíduo e com os quais ele interage, influenciando e sendo influenciado por eles” (Dicionário Brasileiro de Ciências Ambientais - Lima-e-Silva, 2000);
“Conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” (Lei 6.938, de 31/08/1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente);
“Meio Ambiente é tudo o que tem a ver com a vida de um ser ou de um grupo de seres vivos. Tudo o que tem a ver com a vida, sua manutenção e reprodução. Nesta definição estão: os elementos físicos (a terra, o ar, a água), o clima, os elementos vivos (as plantas, os animais, os homens), elementos culturais (os hábitos, os costumes, o saber, a história de cada grupo, de cada comunidade) e a maneira como estes elementos são tratados pela sociedade. Ou seja, como as atividades humanas interferem com estes elementos. Compõem também o meio ambiente as interações destes elementos entre si, e entre eles e as atividades humanas. Assim entendido, o meio ambiente não diz respeito apenas ao meio natural, mas também às vilas, cidades, todo o ambiente construído pelo homem” (Neves e Tostes, 1992, p. 17).
A Constituição Federal refere-se ao meio ambiente no seu Capitulo VI:
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (Constituição da República Federativa do Brasil, 1988 - CAPÍTULO VI - DO MEIO AMBIENTE, Art. 225).
Como mais de 80% da população mundial vivem atualmente nas cidades, a discussão do meio ambiente com foco nas áreas urbanas é necessária e urgente, principalmente em virtude da degradação ambiental e da baixa qualidade de vida de uma grande parcela da população.

http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2978082143179204#editor/target=post;postID=4090076701880480491

Meio Ambiente Urbano Estudo divulgado na RIO+20 conclui que São Paulo consome mais de 100 vezes o volume de recursos naturais que repõe.

A conclusão é de um estudo divulgado na Rio+20
A cidade de São Paulo é uma enorme importadora de ar puro, área verde e água limpa. Ela drena 100 vezes mais recursos naturais do que consegue produzir. É como se os paulistanos consumissem a capacidade de renovação da natureza de mais da metade do Estado e partes significativas dos Estados vizinhos, habitantes de uma área 390 vezes maior que a capital paulista.
A conclusão é de um estudo divulgado na Rio+20, Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro. O projeto da ONG WWF, feito em parceria com o Estado e o município de São Paulo, mediu a pegada ecológica do paulistano e paulista médios.
"Para ser autossuficiente em hectares ecológicos, a cidade precisaria abarcar metade do Estado, mais pedaços do Rio de Janeiro, do sul de Minas e parte do Paraná", afirma Michael Becker, coordenador do programa Cerrado-Pantanal da WWF Brasil, que apresentou o estudo.O objetivo da WWF com o estudo é incorporar às estatísticas de governo um indicador econômico consistente que leve em consideração o impacto ambiental. "A gente precisa inserir os recursos naturais em uma lógica econômica, que oriente o consumo e as cadeias produtivas", diz Becker.
Segundo ele, as 21 cidades brasileiras que firmaram compromisso com a Carta Rio para Sustentabilidade, a ser lançada também durante a Rio+20, estão conscientes da importância da pegada ecológica como instrumento para a formulação de políticas públicas. "As cidades precisam abrir o olho para isso; você só valoriza o que mede."
A composição da pegada
A pegada ecológica, medida em "hectares globais", corresponde ao volume de recursos renováveis necessários para sustentar os hábitos de consumo e estilo de vida de uma pessoa. Um hectare global corresponde à produtividade média de um hectare de terra e água no mundo.






Fonte: UOL Meio Ambiente
 http://portaldomeioambiente.org.br/editorias-editorias/meio-ambiente-urbano/6087-estudo-divulgado-na-rio-20-conclui-que-sao-paulo-consome-mais-de-100-vezes-o-volume-de-recursos-naturais-que-repoe

Jovem sul-africano inventa o banho sem água.

 De repente, o Cascão não tem mais desculpas //Crédito: Divulgação


Tudo começou com um amigo que relutava em tomar banho frio no inverno. Não se tratava de birra de criança mimada, mas sim de dois jovens que moravam em uma comunidade rural no meio da África do Sul e tinham que conviver com as péssimas condições de saneamento básico do local. “E se alguém inventasse um jeioto de tomar banho sem a gente ter que se molhar?”, o amigo perguntou. A sorte é que o interlocutor era Ludwick Marishane, o futuro inventor do Dry Bath, um gel que já está mudando o conceito de banho.
O produto é composto de biocida (conservante que combate a propagação de fungos e bactérias), flavonoides (substâncias anti-inflamatórias) e hidratante. Ao contrário daquele gel de limpar a mão, o Dry Bath não deixa um cheiro forte de álcool e sim um aroma agradável, que imita aquela sensação gostosa pós banho.
A invenção já está patenteada e até uma empresa foi criada para comercializá-la, a Head Boy . Um pacote como o da foto acima sai por 0,50 centavo de dólar para vilarejos e comunidades rurais, e 1,50 dólar para empresas. Além do óbvio propósito social da coisa ( a falta de higiene leva à uma série de doenças), outras finalidades já estão sendo levadas adiante, como o ramo hoteleiro, linhas aéreas e exércitos.
Ludwick está no último ano do curso de Administração da Universidade de Cape Town, na África do Sul. Em 2011 ele ganhou o prêmio da Global Student Entrepreneur Awards, como maior jovem empreendedor do planeta. No mesmo ano, o Google Zeitgeist Young Minds o escolheu como um dos 12 jovens com idéias mais inovadoras em prol de um mundo melhor. E mais limpo.

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI316791-17770,00-JOVEM+SULAFRICANO+INVENTA+O+BANHO+SEM+AGUA.html

Planeta 'engolido' por estrela alimenta hipóteses sobre possível fim da Terra

 Da BBC
22/08/2012 06h45 - Atualizado em 22/08/2012 07h10
 
Astrônomos encontraram evidências de um planeta que teria sido 'devorado' por sua estrela, dando fôlego a hipóteses sobre qual poderia ser o destino da Terra dentro de bilhões de anos.
A equipe descobriu indícios de um planeta que teria sido 'engolido' ao fazer uma análise sobre a composição química da estrela hospedeira.
Eles também acreditam que um planeta sobrevivente que ainda gira em torno dessa estrela poderia ter sido lançado a uma órbita incomum pela destruição do planeta vizinho.
Os detalhes do estudo estão na publicação científica 'Astrophysical Journal Letters'.

            Planeta 'engolido' por estrela alimenta hipóteses sobre possível fim da Terra (Foto: Nasa)

A equipe, formada por americanos, poloneses e espanhóis fez a descoberta quando estava estudando a estrela BD 48 740 - que é um de uma classe estelar conhecida como gigantes vermelhas.
As observações foram feitas com o telescópio Hobby Eberly, no Observatório McDonald, no Texas.
Concentração de lítio
O aumento das temperaturas próximas aos núcleos das gigantes vermelhas faz com que essas estrelas se expandam, destruindo planetas próximos.
'Um destino semelhante pode aguardar os planetas do nosso sistema solar, quando o Sol se tornar uma gigante vermelha e se expandir em direção à órbita da Terra, dentro de cerca de cinco bilhões de anos', disseo professor Alexander Wolszczan, da Pennsylvania State University, nos EUA, co-autor do estudo.
A primeira evidência de que um planeta teria sido 'engolido' pela estrela foi encontrada na composição química peculiar do astro.
A BD 48 740 continha uma quantidade anormalmente elevada de lítio, um material raro criado principalmente durante o Big Bang, há 14 bilhões de anos.
O lítio é facilmente destruído no interior das estrelas, por isso é incomum encontrar esse material em altas concentrações em uma estrela antiga.
'Além do Big Bang, há poucas situações identificadas por especialistas nas quais o lítio pode ser sintetizado em uma estrela', explica Wolszczan.
'No caso da BD 48 740, é provável que o processo de produção de lítio tenha sido desatado depois que uma massa do tamanho de um planeta foi engolida pela estrela, em um processo que levou ao aquecimento do astro.'
Órbita incomum
A segunda evidência identificada pelos astrônomos está relacionada a um planeta recém-descoberto que estaria desenvolvendo uma órbita elíptica em torno da estrela gigante vermelha.
Esse planeta tem pelo menos 1,6 vez a massa de Júpiter. Segundo Andrzej Niedzielski, co-autor do estudo da Nicolaus Copernicus University em Torun, na Polônia, órbitas com tal configuração não são comuns nos sistemas planetários formados em torno de estrelas antigas.
'Na verdade, a órbita desse planeta em torno da BD 48 740 é a mais elíptica já detectada até agora', disse Niedzielski.
Como as interações gravitacionais entre planetas são em geral responsáveis por órbitas incomuns como essa, os astrônomos suspeitam que a incorporação da massa do planeta 'engolido' à estrela poderia ter dado a esse outro planeta uma sobrecarga de energia que o lançou em uma órbita pouco comum.
'Flagrar um planeta quando ele está sendo devorado por uma estrela é improvável por causa da rapidez com a qual esse processo ocorre', explicou Eva Villaver da Universidade Autônoma de Madri, na Espanha, uma das integrantes da equipe de pesquisadores. 'Mas a ocorrência de tal colisão pode ser deduzida a partir das alterações químicas que ela provoca na estrela.'
'A órbita muito alongada do planeta recém-descoberto girando em torno dessa estrela gigante vermelha e a sua alta concentração de lítio são exatamente os tipos de evidências da destruição de um planeta.'

 Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/planeta-engolido-por-estrela-alimenta-hipoteses-sobre-possivel-fim-da-terra.html

Brasil avança, mas é quarto país mais desigual da América Latina, diz ONU!


Bernado Tabak Do G1, no Rio
 
Apesar do crescimento econômico, que levou o país a ultrapassar o Reino Unido e consolidar o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, o Brasil ainda é uma nação de desigualdades. Segundo relatório sobre as cidades latino-americanas feito pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), o Brasil é o quarto país mais desigual da América Latina em distribuição de renda, ficando atrás somente de Guatemala, Honduras e Colômbia.
O Brasil, no entanto, avançou no combate a desigualdades nas últimas décadas. De acordo com o estudo, o país era, em 1990, o número 1 do ranking das nações com pior distribuição de renda.
De acordo com o levantamento “Estado das cidades da América Latina e do Caribe 2012 – Rumo a uma nova transição urbana”, divulgado nesta terça-feira (21), a América Latina é a região mais urbanizada do mundo. O relatório projeta que a taxa de população urbana chegará a 89% em 2050. O índice de urbanização brasileira foi o maior em toda a América Latina, entre 1970 e 2010. Hoje, 86,53% da população brasileira vivem em cidades.
O rápido crescimento, no entanto, não significou o desenvolvimento das regiões urbanas do país, que sofrem com problemas de infraestrutura, moradia, transporte, poluição e segurança pública. Além disso, cinco cidades brasileiras estão entre as que têm pior distribuição de renda entre as camadas da população em toda a América Latina: Goiânia, Fortaleza, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba.
O estudo destaca o forte crescimento do PIB brasileiro, de 1970 a 2009, deixando para trás o México e os países que formam o Cone Sul – Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai – e “cobrando relevância mundial”. Hoje, o PIB do país representa 32% do total do PIB da América Latina. Ainda assim, quando se analisa o PIB per capita, o Brasil ocupa uma modesta 13ª colocação, de pouco mais de US$ 4 mil por ano, abaixo da média latino-americana e dos países mais desenvolvidos da região, como México, Chile, Argentina e Uruguai, e até mesmo da Venezuela, que tem a economia muito dependente do petróleo.
O Brasil ainda perde para a maioria dos vizinhos na questão da pobreza. Pouco mais de 20% da população vivem em situação de pobreza ou indigência, percentual maior do que no Uruguai, na Argentina, no Chile e no Peru. Costa Rica e Panamá também ficam a frente do Brasil, com menores percentuais na Taxa de Pobreza Urbana.
Entretanto, o número de pobres e indigentes no Brasil caiu pela metade em duas décadas: de 41%, em 1990, para 22% da população em 2009. Argentina e Uruguai também reduziram pela metade o número de pobres, que hoje são 9% da população, em ambos os países. Mas foi o Chile o grande campeão no combate à pobreza, com redução de 70% - de 39%, em 1990, para 12%, em 2009, referente a percentual da população pobre no país.
De acordo com o pesquisador Erick Vittrup, oficial principal de assentamentos humanos da ONU-Habitat, hoje existem 124 milhões de pessoas pobres vivendo nas cidades, o que equivale a cerca de 25% da população total da América Latina. Destes, 111 milhões moram em favelas.
A ONU-Habitat considera como pobre quem vive com menos de US$ 2 por dia (cerca de R$4). “Se nada for feito para mudar esse panorama, em nível mundial, toda a população urbana de hoje, que corresponde a 3,5 bilhões de pessoas, vai morar em favelas, em 2050”, afirmou. Atualmente, 1 bilhão de pessoas vivem em favelas, em uma população global de 7 milhões de pessoas.
Veja o que o relatório fala sobre alguns indicadores brasileiros:
Saneamento
O estudo da ONU-Habitat mostra que o Brasil é apenas a 19ª nação da América Latina em atendimento de saneamento básico. De acordo com a pesquisa, pouco mais de 85% da população urbana têm saneamento em casa, sendo que as cidades intermediárias são as menos favorecidas neste quesito.
Água
Erick Vittrup ressalta que, apesar de quase a totalidade do território urbano brasileiro ser coberto por abastecimento de água encanada, ainda há muitos problemas de fornecimento em favelas e em áreas na periferia das cidades, onde o fornecimento sofre interrupções com alguma frequência. “A qualidade da água em muitas regiões também é ruim, pois existe uma cobertura precária de estações de tratamento”, disse.
Favelas
O Brasil é o 14ª país da América Latina, segundo o relatório, com mais pessoas vivendo em favelas. No país, 28% da população moram em comunidades com infraestrutura precária, a grande maioria em situação informal. O índice de moradores de favelas no Brasil é mais alto do que a média latino-americana, de 26%.
Poluição
O levantamento afirma que o Brasil é o segundo maior poluidor da América Latina, responsável pela emissão de 23% gases que provocam o efeito estufa na região. O percentual é igual às emissões de todos os países do Caribe somados aos quatro países do Cone Sul. O Brasil só perde para o México, que é responsável pela emissão de 30% dos gases poluidores na região. De acordo com a pesquisa, 77% do gás carbônico emitido na cidade de São Paulo são originados de veículos de transporte individual, como carros de passeio, caminhonetes, picapes e motos – o percentual mais alto do Brasil.
Transportes
São Paulo também é citada no estudo como uma das cidades brasileiras que mais sofrem com o trânsito. Segundo o relatório, cada ocupante de um automóvel produz, em quantidade de horas, 11 vezes mais congestionamento do que o passageiro de um ônibus. Ainda de acordo com o estudo, os engarrafamentos na capital paulista ocasionam um custo adicional de operação de 15,8% para os transportes públicos.
Violência e feminicídio
O relatório afirma que a violência e a delinquência são consideradas, de acordo com pesquisas de opinião, as principais preocupações dos cidadãos latino-americanos. A Taxa de Homicídios anual da Região é a mais elevada do mundo, com mais de 20 mortes por cada 100 mil habitantes. “O Rio de Janeiro já esteve no top 10 das cidades mais violentas. Agora, as cidades mais inseguras se encontram na Guatemala e no México. Mas o Brasil ainda tem cidades muito violentas”, afirma Erick Vittrup.
O estudo ainda afirma que o Brasil é um dos países com a mais alta taxa de feminicídio - todos os assassinatos de mulheres relacionados à violência de gênero - do mundo, ficando na 11ª colocação na América Latina.
Futuro promissor à vista
O levantamento da ONU-Habitat ressalta que, apesar dos problemas e desafios para desenvolver as cidades, o Brasil e a América Latina estão prestes a viver um novo ciclo de transição urbana, que tem como objetivo garantir a “melhora fundamental da qualidade de vida nas cidades”, com igualdade e sustentabilidade.
O estudo ainda afirma que “um dos casos mais famosos e exitosos” da América Latina com relação à regulamentação da administração pública das cidades é a Lei de Responsabilidade Fiscal, promulgada no Brasil em 2000. A lei impõe um controle na capacidade de endividamento e equilíbrio nas contas públicas, e proíbe a acumulação de déficits de um período de governo para outro.
Para Erick Vittrup, as principais soluções para as cidades consistem em promover políticas de harmonização e coesão territorial, acelerar o ritmo das reformas urbanas e investir mais esforços no monitoramento das cidades. Para ele, existe experiência, capacidade, recursos e consciência política para melhorar a qualidade de vida nas cidades. “O principal desafio é como desenvolver instrumentos para combater as desigualdades enormes dentro das cidades”, finaliza.


Veja todas as tabelas neste endereço:
 http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/08/brasil-avanca-mas-e-quarto-pais-mais-desigual-da-america-latina-diz-onu.html

Em dia mais seco do ano, SP entra em estado de emergência, diz CGE

21/08/2012 16h49 - Atualizado em 21/08/2012 19h49

Às 16h20 desta terça-feira (21), cidade entrou em estado de emergência.
Índice de umidade do ar no aeroporto de Congonhas chegou a 10%.

A cidade de São Paulo registrou o dia mais seco do ano nesta terça-feira (21). Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura, às 16h30 foi registrado índice de 10% de umidade relativa do ar na região do aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista. Por conta disso, foi decretado estado de emergência.
São Paulo havia entrado em estado de atenção por conta do tempo seco às 12h. Às 13h40, a Defesa Civil decretou estado de alerta, com índices na casa dos 19%. Nesta tarde, a temperatura média na cidade era de 27ºC.
De acordo com o CGE, os menores índices de umidade foram observados nos bairros de Cidade Ademar, Consolação, Ipiranga, Itaim Paulista e Santo Amaro. A cidade voltou para o estado de observação às 19h15, quando os índices atingiram a casa dos 40%. Ainda assim, não havia previsão de chuvas. 
A baixa umidade leva a um aumento nos níveis de dióxido de enxofre e material particulado no ar. Com isso, ocorre o surgimento ou agravamento de doenças respiratórias, cardiovasculares e oculares. A Defesa Civil recomenda à população, portanto, que evite praticar exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h; evite aglomerações em ambientes fechados; umidifique os ambientes com vaporizadores e toalhas molhadas; use soro fisiológico para olhos e narinas; e consuma bastante água.
Previsão
De acordo com o CGE, a massa de ar seco que está sobre a cidade de São Paulo não deverá perder força. Com isso, o sol deverá predominar, sem previsão de chuva. Os índices de umidade do ar deverão ficar baixos durante as tardes. As temperaturas variam entre a mínima de 14ºC e a máxima de 27ºC.

 http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/08/em-dia-mais-seco-do-ano-sp-entra-em-estado-de-emergencia-diz-cge.html

Consciência ambiental quadruplicou no Brasil, diz pesquisa!

Carolina Gonçalves
Da Agência Brasil, em Brasília

Os brasileiros estão mais conscientes sobre a importância do meio ambiente do que há 20 anos. Na comparação entre os primeiros e últimos resultados, divulgados em junho, a pesquisa "O Que o Brasileiro Pensa do Meio Ambiente e do Consumo Sustentável", realizada desde 1992, mostrou que a consciência ambiental no país quadruplicou.
As versões do levantamento mostram, que enquanto na primeira edição, que ocorreu durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92, 47% dos entrevistados não sabiam identificar os problemas ambientais. Este ano, apenas 10% ignoravam a questão.
Na média nacional, 34% sabem o que é consumo sustentável atualmente. “Esta é uma pesquisa que mostra claramente tendências”, explicou a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Samyra Brollo de Serpa Crespo.
Nessa projeção, a população da Região Sul mostrou-se mais engajada ambientalmente. Mais da metade dos sulistas sabem o que é consumo sustentável. “A diferença do Sul é impressionante em termos dos mais altos índices não só de acertos mas de atitudes corretamente ambientais”, disse .
Ao longo de duas décadas, os mais jovens e os mais velhos são os que menos conhecem a realidade ambiental, mas a consciência aumentou. Há 20 anos, quase 40% dos entrevistados entre 16 e 24 anos não opinaram sobre problemas ambientais, assim como mais de 60% dos brasileiros com 51 anos ou mais. Este ano, as proporções caíram para 6% entre os jovens e 16,5% entre os mais velhos.
"Isso tende a mudar ainda mais, porque agora temos todo um trabalho de educação ambiental nas escolas, o que vai refletir nas faixas seguintes ao longo dos anos", disse Samyra, acrescentando que o nível de consciência ambiental "cresce à medida que a população é mais informada e mora em áreas urbanas, porque significa acesso à informação. E, na área rural, ainda há o habito de queimar o lixo".
Atitudes ambientalmente corretas
Samyra afirma que os resultados mostram que a população, além de mais consciente, mostra maior disposição em relação a atitudes ambientalmente corretas e preocupação com o consumo.
A questão relacionada ao lixo, por exemplo, é um dos problemas que mais ganhou posições no ranking dos desafios ambientais montado pelos brasileiros. O destino, seleção, coleta e outros processos relativos aos resíduos que preocupavam 4% das pessoas entrevistadas em 1992, agora são alvos da atenção de 28% das pessoas.
Este ano, 48% dos entrevistados, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, afirmaram que fazem a separação dos resíduos nas residências. “Muitas vezes a disposição da população não encontra acolhimento de politicas públicas. Muitas vezes o cidadão separa em casa e a coleta do lixo vai e mistura os resíduos”, disse a secretária.
Na análise geral do país, os índices ainda são baixos, sendo que menos de 500 municípios têm coleta seletiva implantada. Enquanto a separação do lixo é um habito de quase 80% das pessoas que vivem na Região Sul atualmente e de mais da metade dos moradores de cidades do Sudeste. No Norte e Nordeste, mais de 60% não separam resíduos.
Entre os problemas ambientais apontados, o desmatamento das florestas continua no topo da lista elaborada pelos entrevistados. “A preocupação com rios e mares [que continua na segunda posição do ranking] se eleva a partir de 2006. Já é impacto da Politica Nacional de Resíduos Sólidos [criada em 2010]”, disse ela.
“O bioma Amazônia continua sendo considerado o mais ameaçado na opinião das pessoas”, disse Samyra Crespo, comparando as edições da pesquisa. Em 2006, por exemplo, 38% dos entrevistados estavam dispostos a contribuir financeiramente para a preservação do bioma. Este ano, o índice cresceu para 51%.
Samyra Crespo ainda aposta que a Política Nacional de Resíduos Sólidos vai provocar mudanças econômicas, criando um ambiente de estímulo à reciclagem. “Temos que trabalhar tanto na desoneração da cadeia produtiva, como com a conscientização ambiental. Os produtos corretos concorrem hoje nas mesmas condições”, disse ela, acrescentando que “não é tão simples porque você trabalha toda a cadeia do produto e temos poucos estudos de ciclos do produto”.
No decorrer dos últimos vinte anos, a população também mudou a forma como distribui as responsabilidades sobre meio ambiente. “Em 1992, o governo federal era o maior responsável. Isso vai diminuindo e a responsabilidade foi sendo atribuída às prefeituras. Continua a tendência a achar que é o governo [federal], mas cada vez mais o governo local é priorizado”, disse Samyra Crespo.

 http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2012/08/17/consciencia-ambiental-quadruplicou-no-brasil-diz-pesquisa.htm

Argentino desenvolve fogão solar e invenções ambientais, no ES


Bruno Faustino Do G1 ES

Para viver em sintonia com o meio ambiente, o argentino Julio Dueñas, de 78 anos, morador de Venda Nova do Imigrante, região Sudoeste Serrana do Espírito Santo, desenvolveu equipamentos e experiências que usam a energia do sol e da água em seu sítio. O Guaçu-Virá, nome da propriedade, virou ponto turístico na região e tem como principais atrações o fogão solar e o 'monjolo', uma espécie de pilão que utiliza a força da água para triturar alimento.
"Queria aproveitar tudo aquilo oferecido pelo planeta de graça sem destruir o meio ambiente. Essa região tem um potencial muito grande para a gente utilizar todas as formas de energias sustentáveis", contou o argentino, que se mudou para o Espírito Santo na década de 1970.
odos os dias o sítio recebe dezenas de visitantes, como estudantes, filhos de produtores rurais e futuros ambientalistas, interessados em conhecer e repassar conhecimentos. Julio Duenãs fica feliz ao saber que suas ideias estão despertando o interesse das próximas gerações. "Temos que desenvolver a sustentabilidade do homem, porque sem isso, o nosso planeta seguirá para um rumo sem volta", finaliza.
Energia Solar
Segundo Dueñas, o que mais chama a atenção dos visitantes e moradores da região é o fogão solar desenvolvido por ele mesmo. O fogão é uma espécie de antena parabólica apontada para o sol com uma pequena frigideira no centro. "É pura física. A gente aponta a parábola para o sol e todo o calor é concentrado no centro. Como ali fica a frigideira, esquenta e esquenta muito. A temperatura chega a 120 graus. Dá até pra fritar um ovo", explica, com entusiasmo, o argentino.
Além do fogão, outras 'engenhocas' utilizam o sol como fonte de energia para o seu funcionamento, como desidratadores de alimento, também movidos a energia solar. Uma forma simples e barata de aproveitar o excesso de frutas e legumes da região, segundo Nueñas. "O tomate leva dois dias para desidratar e se transformar em tomate seco. A berinjela depois de desidratada perde o amargo. É ótima para combater o colesterol alto. Também dá pra desidratar a banana, excelente fonte de energia", afirma.
Já um sistema convencional transforma luz solar em eletricidade. O projeto, pioneiro na região, já se espalhou entre os moradores vizinhos ao sítio. "Esse sistema é muito simples. Por meio de placas, a energia solar é captada e armazenada em baterias. Com isso é possível ter luz sem pagar nada até durante a noite. Se tivesse que pagar por isso, gastaria entre R$ 120,00, R$ 150,00 por mês. E o meu único gasto é com a troca das baterias a cada 8 anos. Mais nada. Não tenho nenhum outro custo, nem com manutenção", revela o ambientalista.

Energia que vem da água
O sítio Guaçu-Virá fica próximo a uma represa. O excesso de água sempre foi um problema na propriedade. Mas o "professor-pardal" da natureza deu logo um jeito de resolver o problema. "Construímos uma roda d'água para gerar energia para uma pequena bomba que distribui água para todas as 15 casas do sítio, sem custo algum", conta.
O Monjolo - um grande pilão que utiliza a força da água para triturar alimentos era um equipamento utilizado pelos antigos imigrantes italianos que colonizaram a região e está em funcionamento até hoje. "A gente usa pra transformar os grãos de milho em fubá. E esse fubá utilizamos na ração dos peixes", diz o ambientalista.
Por falar em peixe, Julio Duenãs também tem um Alimentador Automático de Peixes utilizando apenas um monjolo (pequeno) e uma plantadeira. "O maior custo dessa criação é o salário de um funcionário para tratar os peixes. Dessa forma, eliminamos um custo e mantemos a criação alimentada", revela.
Não foi fácil transformar o sonho em realidade. Atualmente, o sítio Guaçu-Virá é sinônimo de orgulho. "Essa região tem um potencial muito grande para gente utilizar todas as formas de energias sustentáveis e ainda conseguir um retorno econômico muito bom", afirma.
O ambientalista Julio Dueñas conseguiu enxergar lá atrás uma luz no fim do túnel. Percebeu que sustentabilidade é muito mais que um discurso. É viver em harmonia com o planeta. "Tá vendo tudo isso aqui. Isso não é só meu. Isso é de todos nós. Todos nós podemos aplicar as ideias desenvolvidas aqui para vivermos melhor, sem comprometer os recursos naturais" finaliza.


 Ovo frito pela ação do sol no fogão (Foto: Bruno Faustino / G1 ES)

Fonte: http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2012/08/argentino-desenvolve-fogao-solar-e-invencoes-ambientais-no-es.html

O que é Gestão Ambiental?

A gestão ambiental no Brasil e no mundo se definiu melhor a partir do ISO 14000, que determinou como as empresas devem tratar a questão do meio ambiente em suas prerrogativas. Esse é um sistema que privilegia a sustentabilidade, não impedindo o desenvolvimento da empresa, mas reduzindo o impacto no meio ambiente das atividades executadas por ela.

Para Giovana Baggio de Bruns, engenheira florestal, especialista no tema a definição correta é: "A Gestão Ambiental visa ordenar as atividades humanas para que estas originem o menor impacto possível sobre o meio. Esta organização vai desde a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação e a alocação correta de recursos humanos e financeiros".
 O profissional que atua em gestão Ambiental precisa ser um administrador do ambiente, ou seja, precisa entender de administração e ter conhecimento em diversos campos das Ciências do Ambiente. Ele vai elaborar e gerenciar projetos ambientais, principalmente, com relação ao desenvolvimento de Estudos e Relatórios de Impactos Ambientais, explica a coordenação do curso de Gestão Ambiental da USP.

Entre os principais objetivos da gestão ambiental estão: Utilizar de forma racional os recursos naturais; Visar a proteção da biodiversidade; Utilizar-se de reciclagem; Reduzir o  impacto ambiental das ações empresariais, Evitar a poluição ambiental, Capacitação dos colaboradores para educação ambiental; entre outros.

Fonte:  http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/10841/o-que-e-gestao-ambiental

Futuro para o mercado do álcool e açucar.

O Brasil conta, atualmente, com aproximadamente 320 unidades produtoras de açúcar e álcool. Isso representa uma capacidade instalada para o processamento de mais de 430 milhões de toneladas de cana, o que pode resultar na produção de até 18 bilhões de litros e 29 milhões de toneladas de açúcar. Na atual safra deverão ser processadas aproximadamente 390 milhões de toneladas de cana, atingindo 27,5 milhões de toneladas de açúcar e 16,7 bilhões de litros de álcool. Além disso, deverão ser gerados aproximadamente 3 GWh de energia elétrica, durante as 4.000 horas de funcionamento médio dessas usinas, dos quais quase 90% utilizados para auto-consumo.
Embora os números pareçam gigantescos, há necessidade de grandes investimentos para atender ao crescimento das demandas interna e externa. A alta do petróleo, combinada com a difusão dos veículos flex-fuel levam a estimativas de crescimento da ordem de 1,5 GL.ano-1, no consumo interno de álcool combustível, o que representa uma demanda estimada em 25 GL para 2013. Agregando-se o volume previsível para a exportação, é factível imaginar­se uma oferta total de etanol próxima a 30 GL para 2015.
A situação não é muito diferente no mercado de açúcar, concorrencial com
o etanol pela mesma matéria prima. O crescimento do consumo mundial, no patamar próximo de 2% ao ano já abriria espaços para o aumento da participação brasileira no mercado. Entretanto, a ele devem se somar as expectativas de redução da produção na União Européia (ajustes tanto em relação à OMC quanto às diretivas do Protocolo de Quioto), e em outros países que estão investindo na produção do álcool combustível, sem condições de incrementar a produção agrícola. Desta forma, estima-se que, em 8 anos, o Brasil deverá exportar 25 milhões de toneladas anuais, somadas a um consumo interno próximo de 11,5 milhões de toneladas.
A consolidação dessas expectativas quanto dever representar uma demanda por 220 milhões de toneladas de cana adicionais, que deverão ser atendidos com a ampliação de algumas unidades e a implantação de pelo menos 60 novos projetos de médio porte. Há a necessidade de incorporação de 3 milhões de hectares de novas áreas, mas esse não é o maior problema, uma vez que a cana ocupa apenas 10% da área agrícola atual e há uma grande disponibilidade de terras agricultáveis por serem incorporadas. Os principais motivos de preocupação são a concentração espacial da produção e a falta de interesse pela busca de maior eficiência energética por parte das unidades produtoras.
Em relação à concentração espacial, embora a Região Centro-Oeste e o Meio-Norte (Estado de Tocantins e sul dos Estados do Maranhão e Piauí), apresentem grande potencial, São Paulo continua absorvendo a maioria dos investimentos. Dos 40 projetos em fase de implantação 25 estão naquele Estado, que já tem mais da metade de suas áreas de lavouras ocupadas com a cana. Os novos projetos se concentram na região oeste do Estado, invadindo áreas tradicionais de pecuária.
Da mesma forma, Minas Gerais, o Estado que registra as maiores taxas de crescimento do setor, vê os novos projetos sendo implantados no Triângulo Mineiro, praticamente numa extensão à fronteira de produção paulista. Essa busca por regiões melhor dotadas de infra-estrutura leva ao surgimento de grandes extensões de lavouras em regime de monocultura, cujos impactos sócio-ambientais precisam ser avaliados com maior profundidade.
O segundo problema está relacionado ao cenário amplamente favorável para o açúcar e álcool, levando os empresários do setor a investirem mais no aumento da capacidade de processamento do que na maior eficiência energética. Isso vale tanto para as unidades já instaladas quanto para os projetos em fase de implantação. A maior rentabilidade dos produtos tradicionais, combinada com os pesados custos dos investimentos em tecnologias mais eficientes para a co-geração de energia elétrica, tem deixado esse novo negócio em segundo plano.
Outros dois fatores ajudam a explicar a baixa atratividade dos investimentos na co-geração de energia elétrica. O primeiro é a falta de experiência com esse novo negócio, o que dificulta, inclusive, o relacionamento com os clientes. O segundo, não menos importante, está associado aos custos mais elevados para tecnologias mais eficientes. Isso tem levado à opção por tecnologias intermediárias, com caldeiras de 40 ou 60 quilos de vapor, que apresentam maiores taxas de retorno e menor necessidade de capital imobilizado. O problema é que como são equipamentos de ciclo de vida relativamente longo, as unidades poderão passar décadas sub-aproveitando as potencialidades do bagaço.
Desse modo o grande potencial que se abre para o setor requer uma ação efetiva do Governo no sentido de, estrategicamente, fomentar os investimentos de forma a contemplar tanto a reversão do processo de concentração espacial da produção, quanto a busca da maior eficiência energética nos novos projetos e a modernização das unidades já em operação.
De um lado, são imprescindíveis os investimentos em infra-estrutura, aumentando a atratividade da implantação de projetos fora das áreas tradicionais. Destaca-se aí a conclusão dos investimentos no Corredor Norte Sul, que poderá permitir a consolidação da agroindústria sucroalcooleira como uma excelente alternativa para os Estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, que estão entre os mais pobres do país.
Do outro a oferta de linhas especiais de crédito também deve funcionar como indutor de investimentos, aliado à captação de recursos internacionais. A diferenciação deve contemplar tanto a possibilidade de incentivos regionais quanto o fomento à utilização de tecnologias mais eficientes. Os Governos Estaduais, também interessados diretos, devem ser envolvidos no programa, trabalhando de forma harmônica com o Governo Federal.
Caso seja atingida a meta de processamento de 610 milhões de toneladas de cana na safra 2012/13, além da oferta de 36,5 milhões de toneladas de açúcar e 27,4 bilhões de litros de álcool, haverá uma disponibilidade de mais de 160 milhões de toneladas de bagaço. Se todo ele for queimado em caldeiras de alta pressão, poderá gerar o equivalente a 66 GW de energia elétrica, ou seja, 16,5 mil mega-watts/hora, durante as 4.000 horas médias anuais de safra. Esses números podem ser ainda mais surpreendentes se considerado o aproveitamento das palhas e pontas, cuja sua grande maioria ainda é queimada nos canaviais.
Cabe destacar, no entanto, que a produção de energia elétrica é apenas uma das alternativas. Tal como a gaseificação, que eleva substancialmente a eficiência da queima do bagaço, alternativas como a produção do álcool por hidrólise lignocelulósica e até mesmo a produção de biodiesel estão em estudos. Para alguns especialistas, a melhor remuneração paga pelo mercado de combustíveis líquidos pode estimular algumas usinas a utilizarem o bagaço para essas duas finalidades, recorrendo ao gás natural como fonte de energia para o seu funcionamento.
Esse conjunto de alternativas precisa ser bem avaliado pelos órgãos de governo. Como são tecnologias novas, com alto custo de implantação e longo prazo de maturação, é fundamental minimizar os riscos para o investimento privado e, ao mesmo tempo, maximizar a eficiência dos projetos de investimento. Mecanismos de mercado, especialmente num sistema de preços livres, podem levar à tomada de decisões de curto prazo que não reproduzam as melhores alternativas estratégicas para o país. 

Fonte:  http://www.biodieselbr.com/energia/alcool/mercado-etanol.htm

Monte Erebus: um mundo invertido na Antártica

EDIÇÃO 149/AGOSTO DE 2012 08/08/2012 
Enquanto os cientistas tremem de frio, micróbios proliferam no solo de um vulcão
por Olivia Judson Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL
 
Um estudo de contrastes: gelo e neve em primeiro plano e lago de lava embaixo. O Erebus é um dos muitos vulcões que têm um lago permanente. No momento em que esta foto foi tirada, o vulcão estava quieto, mas com frequência entra em erupção e lança bombas de lava a grandes altitudes.
 
A cena: uma barraca no monte Erebus, um vulcão ativo na ilha Ross, na Antártica. É uma tenda quadrangular como as que o capitão Robert Falcon Scott trouxe em suas expedições à Antártica mais de um século atrás. No centro, tem altura suficiente para que uma pessoa de mais ou menos 1,65 metro fique em pé e, no topo, há duas aberturas que servem de chaminé. Essa tenda específica é ocupada por duas pessoas; ambas estão enfiadas em seus sacos de dormir. Entre elas há uma caixa grande, um fogareiro Primus, duas garrafas térmicas e dois pares de botas pesadas. Está frio demais para ler; mesmo de luva não dá para segurar nenhum livro. Por isso, todos os reclusos – inclusive eu – conversam para passar o tempo. “Quais são seus micróbios favoritos?”, pergunto, espanando o gelo em flocos de meu saco de dormir.
“Só podem ser as estrambóticas arqueias”, responde meu companheiro, Craig Herbold, um americano trintão, corpulento, fã de música eletrônica japonesa e da astrobiologia, o estudo de como pode ser a vida em outras partes do universo. Ele é pesquisador pós-doutorando da Universidade de Waikato da Nova Zelândia, e o membro mais novo de uma equipe de três pessoas que vieram para cá em busca de formas de vida nos solos quentes do vulcão. É isso mesmo. Ele veio a um dos lugares mais frios da Terra procurar seres que prosperam no calor.
O grupo de Shackleton subiu o Erebus em cinco dias e meio. Durante a façanha, enfrentaram uma nevasca que os manteve nos sacos de dormir por mais de 24 horas, sem nada para beber e a temperaturas abaixo de -34ºC. Um homem desmaiou de exaustão e outro sofreu uma lesão pelo frio que o fez perder o dedão do pé. Nossa jornada foi menos árdua: fomos de helicóptero.
Éramos oito. Havia o já mencionado Herbold e os dois membros mais velhos de sua equipe de pesquisa: Craig Cary, um americano expansivo, e Ian McDonald, um inglês discretíssimo, ambos biólogos da Universidade de Waikato e veteranos de pesquisas na Antártica. Antes de iniciar seu trabalho no continente gelado, Cary lecionava na Universidade de Delaware, na costa nordeste dos Estados Unidos, e descia com regularidade ao fundo do mar para estudar organismos que vivem em chaminés oceânicas profundas. Stu Arnold e Al Moore, dois neozelandeses queimados de sol e vento, de ombros largos e sotaque pronunciado, eram encarregados de, nas palavras de Arnold, impedir que fôssemos “massacrados pela montanha”. Havia Carsten Peter, o fotógrafo, e seu assistente, Daniel Jehle, ambos das serras do sul da Alemanha. E eu. Nas palavras de Jehle, apenas “uma garota”.
Apesar da localização remota e do clima brutal – temperaturas médias de -20°C no verão e -50°C no inverno –, o Erebus é um vulcão muito estudado. Desde 1972, uma equipe de vulcanólogos, há tempos chefiada por Philip Kyle, professor de geoquímica do Instituto de Mineração e Tecnologia do Novo México, passa parte do verão austral na montanha, investigando questões como natureza e frequência das erupções, tipos de gás que emite e idade das rochas.
A biologia do lugar, contudo, não é tão bem documentada. Isso acontece, em parte, porque no Erebus a maioria das formas de vida é microscópica. (As principais exceções são alguns musgos e cianobactérias – bactérias que, como as plantas, transformam a luz solar em energia e podem formar colônias grandes o suficiente para ser vistas.) Até pouco tempo atrás, o estudo de micróbios desconhecidos era problemático: não se podia criá-los em laboratório nem descrevê- los e muito menos estudá-los.
Mas hoje não é mais preciso cultivar micróbio em laboratório para aprender algo sobre ele. Há mais ou menos uma década, vêm sendo desenvolvidas técnicas genéticas que permitem caracterizar uma comunidade inteira de micróbios só por seu DNA, o que nos dá um quadro bem mais completo do que vive em qual lugar. Assim, embora tenha sido encontrada vida nos solos quentes do Erebus no começo dos anos 1960, só agora conseguimos avançar bastante nesse estudo.
Os solos quentes do Erebus são pontilhados no topo, ainda mais no local conhecido como crista Tramway. O calor derrete o gelo e cria pequenos trechos de solo quente e úmido que abrigam comunidades de musgos e micróbios.


Fonte:  http://www.viagemdoconhecimento.com.br/noticias/national-geographic/antartica-enquanto-cientistas-tremem-de-frio-microbios-proliferam-no-interior-de-um-vulcao.php