O pouso da sonda Curiosity em Marte, previsto para ocorrer na
próxima madruga, é uma manobra ousada da Nasa. Com uma massa 10 vezes
maior e o dobro do tamanho das "irmãs" Spirit e Opportunity, a chegada
do equipamento em solo marciano é um desafio para os engenheiros da
agência espacial americana. Mas, por outro lado, eles querem registrar
cada detalhe do processo e usar isso para aprimorar as próximas missões -
até as tripuladas.
São 14 sensores presos ao escudo de calor, que deve proteger o robô
durante os sete minutos de descida. Sete sensores vão medir a
temperatura do escudo durante o processo, enquanto os demais vão medir
mudanças na pressão atmosférica. Os dados serão gravados e enviados para
a Terra.
Os pesquisadores do projeto estão ansiosos. Dizem que mal podem
esperar para receber os dados. "Nós nunca tivemos a chance de coletar
material de alta qualidade de uma espaçonave entrando na atmosfera de
outro planeta", diz Jim Pittman, líder da pesquisa sobre a chegada da
Curiosity em Marte. As informações sobre o complicado pouso serão usadas
para melhorar as futuras idas ao planeta vermelho.
Os engenheiros da agência esperam as informações de como o escudo de
calor vai se comportar na atmosfera marciana, já que ela chegará em
velocidade hipersônica (cinco vezes a do som). No futuro, isso permitirá
a chegada de equipamentos ainda maiores e, possivelmente, uma missão
tripulada.
O sistema que vai registrar os detalhes da chegada da sonda custou
US$ 28 milhões, valor pequeno se comparado ao total do projeto: cerca de
US$ 2,5 bilhões.
Imagem mostra a cratera Gale, local onde a sonda deve pousarFoto: ESA/Divulgação
Ontem, a Nasa informou que uma tempestade de poeira que atingiu o
hemisfério sul de Marte na madrugada de sábado e que poderia complicar a
missão já estava se dissipando. "Marte está cooperando e oferecendo um
bom clima para a aterrissagem. A tempestade de poeira está transformando
em apenas uma inofensiva nuvem de poeira", explicou em entrevista
coletiva Ashwin Vasavada, um dos cientistas da agência espacial
americana.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6047684-EI301,00-Nasa+quer+registrar+cada+detalhe+de+chegada+hipersonica+a+Marte.html
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