23/08/201210h58
As temperaturas na Península Antártica começaram a subir naturalmente
há 600 anos, bem antes de a humanidade passar a provocar mudanças
climáticas, disseram cientistas em um estudo publicado nesta
quarta-feira, que ajuda a explicar recentes colapsos de enormes
banquisas de gelo.
O estudo diz que o atual ritmo de aquecimento, de 2,6 graus Celsius por século, é "excepcional", mas não inédito.
"Quando o recente aquecimento excepcional começou, as banquisas da Península Antártica já estavam fadadas aos dramáticos rompimentos observados a partir da década de 1990", disse a Pesquisa Antártica Britânica, que comandou o estudo publicado na revista Nature.
O aquecimento decorrente de variações naturais, talvez afetando ventos e correntes oceânicas, começou há 600 anos, tornando as banquisas --pedaços de gelo flutuando no mar em torno da península-- vulneráveis a um aquecimento cada vez mais forte a partir de 1920.
Nos últimos anos, vários blocos de gelo despencaram ao redor da península, inclusive as banquisas Larsen A e B e a Wilkins. Cerca de 25 mil quilômetros quadrados de gelo se perderam, mais ou menos o tamanho do Haiti.
Cientistas ligados à ONU consideram que as emissões de gases do efeito estufa pela queima de combustíveis fósseis, a partir da Revolução Industrial (século 18), contribuem de forma decisiva para as alterações climáticas no planeta, responsáveis por secas, inundações e elevações do nível dos mares.
"O que estamos vendo é consistente com o aquecimento induzido pelos humanos, somando-se ao natural", disse à Reuters o cientista coordenador do estudo, Robert Mulvaney. Ele alertou que o trabalho, feito em conjunto com especialistas da Austrália e da França, abrange apenas uma pequena parte da Antártica.
Os cientistas perfuraram um buraco de 364 metros no gelo da ilha James Ross, ao norte da península, para estudar as pistas sobre as temperaturas nos últimos 15 mil anos.
A perda das banquisas não contribui para a elevação dos mares, pois esse gelo já faz parte do oceano. Mas, sem a contenção delas, as geleiras em terra podem começar a deslizar mais rapidamente para o mar, agregando água ao oceano e causando sua elevação no mundo todo.
(Reportagem de Alister Doyle)
"Quando o recente aquecimento excepcional começou, as banquisas da Península Antártica já estavam fadadas aos dramáticos rompimentos observados a partir da década de 1990", disse a Pesquisa Antártica Britânica, que comandou o estudo publicado na revista Nature.
O aquecimento decorrente de variações naturais, talvez afetando ventos e correntes oceânicas, começou há 600 anos, tornando as banquisas --pedaços de gelo flutuando no mar em torno da península-- vulneráveis a um aquecimento cada vez mais forte a partir de 1920.
Nos últimos anos, vários blocos de gelo despencaram ao redor da península, inclusive as banquisas Larsen A e B e a Wilkins. Cerca de 25 mil quilômetros quadrados de gelo se perderam, mais ou menos o tamanho do Haiti.
Cientistas ligados à ONU consideram que as emissões de gases do efeito estufa pela queima de combustíveis fósseis, a partir da Revolução Industrial (século 18), contribuem de forma decisiva para as alterações climáticas no planeta, responsáveis por secas, inundações e elevações do nível dos mares.
"O que estamos vendo é consistente com o aquecimento induzido pelos humanos, somando-se ao natural", disse à Reuters o cientista coordenador do estudo, Robert Mulvaney. Ele alertou que o trabalho, feito em conjunto com especialistas da Austrália e da França, abrange apenas uma pequena parte da Antártica.
Os cientistas perfuraram um buraco de 364 metros no gelo da ilha James Ross, ao norte da península, para estudar as pistas sobre as temperaturas nos últimos 15 mil anos.
A perda das banquisas não contribui para a elevação dos mares, pois esse gelo já faz parte do oceano. Mas, sem a contenção delas, as geleiras em terra podem começar a deslizar mais rapidamente para o mar, agregando água ao oceano e causando sua elevação no mundo todo.
(Reportagem de Alister Doyle)
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/reuters/2012/08/23/peninsula-antartica-comecou-a-esquentar-ha-600-anos.htm
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